Futuro incerto, e a tecnologia que eu amo

Nosso jeito de entender a vida corporativa on e offline!!!

Você já deve ter assistido a esta cena em algum filme de ficção científica. Alguém tenta abrir um documento num equipamento (qualquer um, talvez um que ainda não exista hoje). Um documento importante, um registro familiar, um documento de propriedade, uma foto de valor estimativo, um enigma para desarmar a bomba…. Não consegue. Aquele documento precisa da autenticação da empresa proprietária do software, e você não tem, ou porque a licença venceu, ou porque não tem conexão, ou porque está num arquivo material ( CD, cartão, pen drive, disco rígido…) que não consegue se conectar ao equipamento. O equipamento funciona, o arquivo não, a menos que você saiba meeesmo como mexer com aquilo, e crie algum atalho. Tipo herói de filme de ficção científica. Afinal, é um filme, tem que ter um herói.

Outra cena no mesmo filme. Um crime acontece ou está em vias de acontecer, e precisa ser denunciado. As pessoas correm às redes sociais para divulga-lo, mas são monitoradas pelo gestor da rede, e por algum motivo ele não quer que essa notícia se espalhe, e bloqueia tudo, com ou sem um bom argumento. Mas bloqueia. Talvez ele não possa, não deva, mas ele consegue fazer isso, tem acesso aos recursos, e faz. Com sucesso. Essa rede social é muito poderosa, quase absoluta.

Mesmo filme. Você não tem mais livros impressos, nenhum livro. Nem revistas, nem jornais, artigos técnicos, nada. Armazena tudo na nuvem de algum servidor com quadrupla redundância (se é que isso é possível…) e acessa por um e-reader leve, prático, a prova d’agua e de sol, uma verdadeira maravilha. Um dia, a empresa gestora desse acervo quebra, fecha, vai à falência, é invadida por piratas, e tudo o que você tem é o que eventualmente baixou no equipamento. Ufa, pelo menos isso. Só que é um equipamento, tem vida útil, quebra, e com ele vai seu acervo, talvez de uma vida.

Fim do filme, ainda com muitas outras cenas como essas. Esse dia chegou, e pode acontecer a qualquer momento. Não, não sou um saudosista, nem tenho tendências mórbidas e apocalípticas, pelo contrário, sou “heavy user” de tudo isso, e adoro, mas o fato é que não estamos preparados para nos defendermos dos pontos frágeis de todas essas maravilhas, e elas estão dando sinais dessa fragilidade. As empresas fantásticas que as criaram, apesar de todo poder e competência que demonstram ter são só empresas, falíveis e passíveis de erros. Todo castelo é construído para ser invulnerável, mas todos eles um dia são invadidos. É da sua natureza.

Nem tudo está perdido

Sim existem alternativas, mas ainda são poucas. O dinamismo das mídias digitais é sensacional, nunca se chegou perto de prever isso e provavelmente ainda não chegamos ao fim. A evolução parece ser perpétua mas o tempo de vida de cada uma delas é curto, e elas são frágeis, perecíveis como peixe fresco no balcão da feira, logo são substituídas por um formato e uma série de equipamentos de suporte mais modernos.

Pior que isso: hoje, provavelmente o que você já produziu em “preciosidades” (fotos, músicas e textos) e registrou nas redes sociais deve ser maior que a produção da vida inteira de, por exemplo, Shakespeare. Todo mundo produz, e isso está armazenado nos servidores das redes e seus colaboradores, pois nos seu smartphone, note etc, não cabe mais, então alguém está armazenando pra você. Até quando? O Google , a Microsoft, o facebook, o Instagram e mais não sei quem estão guardando a foto de sua filha recém nascida para sua consulta quando quiser, onde quiser e como quiser mas, você acha que é pra sempre ?? Uma hora não vai caber…ou não vai valer a pena, pra eles.

É bem verdade que é mais fácil armazenar isso que películas, papéis, fitas e discos digitais, mas o problema é que se produz muito mais, absurdamente mais, e isso está virando um grande drama. Pense apenas em fotos, no quanto você registrava antes do advento das mídias digitais e agora. Talvez você faça hoje em uma semana o que não fazia em um ano, e as nuvens meus amigos, onde você sabe que isso está armazenado, são de verdade, pesam e estão presas ao chão, custam dinheiro. Muito dinheiro.

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Ciclo Agência Digital – Inside

O mais dramático: nunca vi essa estatística mas é muito provável que uma proporção quase absoluta de documentos de texto seja produzido a partir do software (que começa com W) de uma única empresa (que começa com M….), ou com pouquíssimas contribuições de outras, e para usar este software você precisa pagar uma licença, anualmente, mensalmente. Ou seja, aquele arquivo não te pertence, assim como aquela música ou aquele livro que você “baixou”. Você não é proprietário de nada, apenas tem uma licença de uso, mesmo que você as tenha produzido, enquanto elas não forem registradas em meio material. É por isso que, apesar de toda e qualquer opção de assinatura digital, os cartórios ainda existem (também, pelo menos aqui…), que os livros físicos ainda existem também. É um novo conceito de propriedade e a continuidade disso não depende de só você. Acostumou-se? Tem gente que sim…..

A ideia de uma mídia definitiva.

O papel sempre foi considerado uma mídia frágil, mas se a história do mundo tivesse sido registrada em “pen-drives pré-históricos” provavelmente nós a teríamos perdido pois não haveria equipamento capaz de “abri-lo”. Acha que estou exagerando? Pergunte a alguém que se casou faz, sei lá, 10, 15 anos. Pouco tempo. Talvez ele não esteja nem mais casado, mas provavelmente ainda tem as fotos do evento, e um vídeo. Pergunte se ele tem onde ver o vídeo? E se tiver, se consegue converte-lo em alguma mídia viável. Certamente não, mas as fotos……

Esse texto não pretende ser escatológico, acredite, e nem estou em pânico, apenas impactado com a nossa incapacidade de evoluirmos junto com os produtos da nossa criação, meio que uma inabilidade em interagir, parece que só aprendemos a reagir,tardiamente, mas como mudar isso? Como entendermos esta evolução, assimilarmos as mudanças viscerais na vida das pessoas, e que impactando as suas vidas agem sobre os nossos negócios?

É difícil fazer recomendações, mas faça escolhas melhores. Viva mais próximo das pessoas e observe, sem preconceito, o que elas estão fazendo. Você não precisa adotar todas as práticas nem todos os novos hábitos, mas se quer prosperar precisa entende-los como parte da evolução. Como estão consumindo, como estão reagindo, como estão se relacionando com o mundo? Se as suas referências profissionais (e mesmo pessoais) estão falando em “tendências de mudança do comportamento das lideranças, em pensamento digital, em transformação digital”, agradeça, mas esqueça. Não vai acontecer uma transformação movida pelas novas tecnologias digitais, ela já aconteceu, faz tempo. Estamos mergulhados nela até o pescoço e você nem percebeu, mesmo que você não tenha um smartphone de última geração. A afirmação de que “você não está sozinho” deixou de ter um significado apenas religioso, você literalmente não está mais sozinho em lugar algum. Seja lá o que você estiver fazendo, escrevendo, comprando, trocando, comunicando, alguém está registrando e vai usar isso em algum momento, esperamos que para o seu bem.

Não se assuste, apenas se acostume, e se informe, pois apesar de parecer que não, o mundo está reagindo. Reaja também, sem demora. As eleições que elegeram o presidente Trump foram tremendamente impactadas pelas redes sociais, e questiona-se a legitimidade de algumas das ações que foram usadas. Esta semana o facebook excluiu perfis e posts por suposto mau uso dos seus recursos em favor de determinados candidatos à presidência no Brasil também, e também se questiona isso, não apenas ao suposto mau uso mas ao “poder” e ao critério exercidos pela rede. Sim senhores e senhoras, o poder mudou de mãos. Não é novidade, mas como nunca as grandes e novas corporações adquiriram um poder sobre quase todo o mundo (quase…) só imaginado na ficção. Voltamos ao filme, só que ele está aqui, nas nossas mesas, nas nossas vidas. Não por acaso, as ações do facebook despencaram na bolsa de NY na última semana. Foi um recorde, em função das perdas de faturamento, consequência da perda de usuários que não estão satisfeitos com a onipresença e o poder de interferência das redes nas suas vidas. Não por acaso a gigante Amazon avança em habilidades de e-commerce, produtos de verdade na casa das pessoas, e amplia suas atividades em lojas físicas. Os livros digitais continuam lá, mas testam-se novos modos de distribui-los, a contribuição foi positiva mas não foi uma troca definitiva de um formato pelo outro. As livrarias físicas sofreram mais que os livros físicos, assunto longo. Não por acaso surgem todos os dias recursos paralelos (e legais) para mantermos o acesso aos nossos documentos já produzidos sem depender de pagamentos eternos de licenças de acesso incerto, inclusive dos próprios proprietários. O mundo está reagindo. As pessoas estão reagindo. Reaja também, reitero o convite. A revolução não vem dos líderes, vem de você. O bom líder apenas percebe isso, quanto antes melhor, e você pode escolher os melhores. O futuro não precisa ser tão incerto.

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Ricardo Daumas é Sócio fundador da SOLU9, que se apresenta principalmente para planejamento e implementação de ações integradas de e-commerce, marketing, operações e gestão de produtos tanto no varejo quando no setor de serviços e publishing. Atuou como executivo na C&A, Editora Abril , AOL Brasil e Livraria Saraiva , e a partir de 2010 passou a dedicar-se a projetos de terceiros, implementando operações de e-commerce integradas ao varejo e indústria, inicialmente como Diretor da GS&MD Gouvêa de Souza e agora a frente da SOLU9 e seus parceiros. Quer falar mais sobre Nova Economia? [email protected]
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