Levantamento feito pelo LinkedIn mostra que, 78% das empresas priorizam a diversidade na hora de contratar novos funcionários, porém não conseguem viabilizar a ideia na hora de contratar. A mesma pesquisa revelou que 38% dos profissionais de RH têm dificuldade de encontrar candidatos diversos. Para ajudar as corporações nesta missão, a Kenoby, software de recrutamento e seleção, deu início à largada de mapear as comunidades existentes hoje no País. O objetivo é conectar os grupos que representam as pessoas que se enquadram nos pilares de diversidade (étnico-racial, LBGTIA+, pessoas com deficiência, mulheres, refugiados e outros) às empresas.
“Os estereótipos ainda atrapalham o recrutamento nas empresas. Muitos talentos são desperdiçados e excluídos dos processos seletivos, ou ainda porque as corporações não conseguem localizar candidatos diversos facilmente. A busca por comunidades tem sido uma alternativa para chegar nesses profissionais.”, explica Felipe Sobral, Diretor de Marketing da startup.
A iniciativa irá beneficiar candidatos que estão procurando se recolocar no mercado, seja na área de formação, ou não e, também as empresas que querem implantar a diversidade, mas encontram dificuldades em localizar/recrutar essas pessoas. “A ideia é facilitar a conexão e aproximá-los. Uma vez mapeados, ambos fazem um teste de cultura, o candidato e o recrutador, para identificar se existe o ‘match´. É um trabalho complexo, o de contratar pessoas diversas e, ao mesmo tempo, que tenham algum tipo de afinidade com a cultura da empresa”, diz Sobral.
O teste de cultura organizacional é oferecido pela Mindsight – empresa parceira da Kenoby, que faz o matching entre pessoas e ambientes -, sendo possível identificar características/perfis compatíveis para a vaga e cultura da empresa, tornando o processo seletivo mais assertivo e inclusivo.
Pesquisa do Boston Consulting Group (BCG), que ouviu 16 500 pessoas em 14 países, incluindo o Brasil, indica que apenas 25% dos funcionários de grupos minoritários se sentem beneficiados pelos programas de diversidade das organizações. Os projetos voltados para a questão étnico-racial beneficiam 28% dos profissionais, enquanto os de LGBTI+ atingem 26%. As ações de equidade de gênero são as que mais apresentam falhas, com somente 21% dos empregados beneficiados.