Cresce a cada dia o número de usuários de aplicativos móveis que fazem suas transações financeiras pela Internet e essa tendência, que parece ser irreversível, vem acompanhada por um aumento expressivo de ataques criminosos.
Essa é uma das conclusões de recente pesquisa que levantou operações realizadas nos seis primeiros meses deste ano e detectou que o número de ataques fraudulentos a aplicativos móveis atingiu a marca de 150 milhões em todo o mundo, o que significa um aumento da ordem de 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
O levantamento também constatou que agora 58% das transações digitais tem sua origem em dispositivos móveis e que os ataques a esses aplicativos já representam um terço do total das fraudes nesse canal. No primeiro semestre de 2018, foi registrado um total de 2.6 bilhões de ataques empregando robôs (bots attacks), sendo que no segundo trimestre houve um aumento de 60% no comparativo com o primeiro trimestre deste ano.
Samuel Bakken, gerente sênior de marketing de produto da OneSpan, líder global em segurança de identidade digital, transações seguras e produtividade para os negócios, analisa a pesquisa e seus dados como “uma prova de que os criminosos são oportunistas e seguem sempre a rota do dinheiro, criando um desafio para os negócios, que precisam oferecer serviços móveis diferenciados ou se arriscam a perder seus clientes”.
Após lembrar que o ambiente dos aplicativos móveis ainda é marcado pela falta de segurança, o especialista destacou que em particular as instituições financeiras devem buscar soluções que minimizem os seus riscos. “É necessário assegurar a integridade do dispositivo e do aplicativo móvel e isso vai além de um código de segurança. A própria execução do programa necessita ser protegida, por exemplo, da injeção criminosa de vírus que iludam os controles de autenticação”.
Nesse cenário, o monitoramento em tempo real desse tipo de ameaça externa passa a ser vital na medida em que os criminosos investem cada vez mais recursos na tentativa de fraudar as organizações através dos canais móveis.
“Os consumidores também precisam ser cautelosos porque nem sempre os desenvolvedores têm o interesse do usuário final em mente quando se trata de dar segurança a um aplicativo móvel. Embora nem sempre seja possível, é importante que o usuário procure conhecer as práticas de segurança dos desenvolvedores dos aplicativos que ele baixa em seus dispositivos, pois existem registros de contaminação até mesmo em aplicativos disponibilizados nas lojas oficiais”, recomenda Samuel Bakken.