Investimentos no e-commerce
Começamos o ano com uma grande dúvida em relação ao e-commerce no Brasil e no mundo. O motivo é simples, as incertezas em relação ao futuro econômico dos países europeus, colocam nuvens negras sobre o cenário de qualquer projeção. No que toca ao comércio eletrônico a situação não é diferente, embora amenizada pelo forte desempenho do setor nos últimos anos.
Diante da possibilidade de uma quebra ou forte abalo da confiança dos empreendedores em relação ao Euro e consequentemente uma crise econômica de proporção global insere um ponto de interrogação em qualquer cenário para o e-commerce em 2012, mas devemos analisar a situação brasileira no caso do e-commerce.
Os cenários para o e-commerce
Em termos de projeções, estamos trabalhando com dois cenários distintos e antagônicos para o e-commerce. No primeiro, que já está se confirmando, teríamos uma solução para os atuais problemas no continente europeu e o ano seria de crescimento moderado da economia em função de uma inevitável desaceleração das economias europeias devido aos ajustes necessários para a retomada do crescimento. Neste cenário, o e-commerce em 2012 no Brasil continuaria em seu ritmo acelerado, o que vem sido confirmado pelo balanço de vendas até o momento. Ao que parece este é o cenário que irá dominar o segmento até o final do ano.
O segundo cenário, que parece descartado, a crise europeia se agravaria e uma recessão global de grandes proporções se instalaria. Nesse caso, poderíamos esperar uma retração do mercado em função das incertezas o que acarretaria o engavetamento dos projetos de e-commerce em andamento. É um cenário que preocupa, mas um velho conhecido do comércio eletrônico brasileiro. As iniciativas no e-commerce passaram por um momento desse recentemente e não se sairam tão mal assim.
Reflexos da crise no e-commerce
O comércio eletrônico brasileiro, apesar da sua pouca idade, já conhece de perto essas crises. Em 2009, mesmo diante do abalo na economia mundial gerado pela quebradeira bancária iniciada em outubro de 2008, o e-commerce saiu-se muito bem com uma taxa de crescimento de 30% com um faturamento de R$ 13,6 bilhões. A grande vantagem do nosso e-commerce é que ele ainda é incipiente e por isso seu crescimento tende a sofrer menos nessas situações. Em 2009 vimos uma retração do mercado no primeiro semestre, seguida de uma forte retomada no semestre seguinte.
A economia digital tem como característica sua forte capacidade de recuperação. Como as aplicaçõess no setor, com exceção da capacitação de pessoal, não dependem de um prazo de maturação muito grande, a resposta é muito rápida. Foi o que vimos em 2009 e o que já se começa a perceber este ano em função da crise que já está instalada. Um outro colchão para o e-commerce no Brasil é sua forte concentração no mercado interno o que nos dá uma certa blindagem em relação a retração do mercado internacional.
O impacto sobre as novas iniciativas no e-commerce não tem sido tão grande até o momento, principalmente para as lojas virtuais com foco nas classes C e D que ainda contam com uma demanda reprimida muito grande e acesso fácil ao crédito via cartões e outros mecanismos de financiamento pessoal. O problema são as informações sobre o alto nível de endividamento da população e o aumento na taxa de inadimplência nos cartões de crédito.
Em nossa consultoria estamos trabalhando com um cenário de precaução, dando maior ênfase aos fundamentos do negócio como treinamento de pessoal e aperfeiçoamento dos processos internos de forma a capacitar as operações de e-commerce sob nossa orientação a uma retomada mais acelerada do faturamento agora no segundo semestre.
As perpectivas para as novas iniciativas no e-commerce este ano são estas até o momento. basta conferir ao final do ano.
Categoria: Cases
Muito boa a abordagem. Gostaria de saber sobre o prazo de retorno. Em quanto tempo em média um e-commerce se paga?