ESET divulga golpes virtuais identificados no Brasil durante o mês de julho
A ESET, fornecedora de soluções de segurança da informação – divulgou as principais ameaças virtuais identificadas no Brasil durante o mês de julho. Entre os destaques estão golpes no Facebook, campanhas de phishing voltadas a roubar credenciais bancárias e, ainda, uma falsa versão do Pokémon Go.
Na campanha massiva propagada pelo Facebook, os cibecriminosos usaram a engenharia social para infectar os internautas. Para isso, criaram posts que continham falsos vídeos com títulos chamativos – entre eles: “Mistério resolvido! Criança desaparecida no Mato Grosso é encontrada dentro de cobra” e “Caso goleiro Bruno: após seis anos policia encontra vídeo de espancamento de Eliza Samudio” – para atrair a atenção dos usuários. O objetivo era incentivar que as pessoas clicassem no link falso para assistir o vídeo, o qual continha um código malicioso que infectava o equipamento e, ainda, permitia que o perfil da vítima compartilhasse a mesma publicação de forma involuntária.
Outro ataque disseminado no país e identificado pela ESET no mês de julho foi uma falsa versão do Pokémon Go, disponível na Google Play Store, batizado de Pokémon GO Ultimate. Nessa versão, ao baixar o aplicativo, a tela de início do celular era travada, obrigando a vítima a reiniciar o dispositivo móvel com a retirada da bateria ou por meio do gerenciador de dispositivos Android – ferramenta online do Google que informa a localização dos aparelhos. Ao reiniciar o dispositivo, o aplicativo permanecia oculto do usuário, sendo executado em segundo plano e clicando silenciosamente em anúncios pornográficos online, gerando assim receita para os cibercriminosos.
Outro tipo de ataque que se destacou no período foi a detecção da familia do malware conhecido como Nymaim, com ataques direcionados a instituições financeiras. Na ação, um e-mail com um arquivo malicioso era enviado para a vítima, que, ao abrir o documento, acessava uma macro maliciosa – sequência de caracteres –, que executa o malware e infecta o equipamento, burlando as configurações de segurança padrão do software.
Ranking de códigos maliciosos de julho
A ESET divulgou também o ranking com os cinco malware (códigos maliciosos) mais propagados no Brasil durante o mês de julho:
TrojanDownloader: Com 14% das detecções, o malware foi a ameaça mais identificada no mês de julho. O ataque consiste, basicamente, em realizar o download de outros códigos maliciosos no equipamento do usuário e executá-los.
Danger: Com 11%, essa ameaça está relacionada a família JS/Danger.ScriptAttachment, que é uma detecção genérica de javascript suspeitos anexados aos e-mails. Os ataques desse tipo de ameaça, geralmente, seguem técnicas de phishing.
Agent: Com 3%, é a uma ameaça genérica que descarrega uma série de códigos maliciosos a fim de realizar ações maliciosas no equipamento da vítima. A variante mais detectada em julho no Brasil foi Win32/Agent.XWT, utilizada para instalar um backdoor – recurso utilizado por diversos malwares para garantir acesso remoto ou à rede infectada – ao sistema infectado.
ProxyChanger: Com 2%, a ameaça é utilizada para configurar o uso de proxy no acesso a alguns sites. Como resultado dessa mudança, as vítimas são direcionadas de maneira imperceptível para sites diferentes daquele pretende visitar.
ScrInject: Também com 2%, o código, geralmente, encontra-se embutido em páginas HTML e redireciona o navegador para uma URL específica que contém o malware malicioso.
Ainda de acordo com o levantamento da ESET, entre as plataformas mais atacadas a Java e Win32 registraram a maior taxa de detecção com 33% dos casos respectivamente. A plataforma Android também apresentou 8% das detecções, um crescimento de 2% em relação ao mês anterior de junho.
Categoria: Crimes