A viabilidade dos serviços gratuitos

| 10/11/2009 - 21:01 PM | Comentários (0)

A Internet representa a verdadeira democratização do acesso a informação, e seguindo uma tendência mundial, durante a primeira explosão da Internet muitos empreendedores de porte investiram em portais super populados de informações e de serviços diversos inteiramente gratuitos aos seus usuários.

Eles acreditavam que se conseguissem atrair um grande número de visitação, poderiam capitalizar tais iniciativas e até mesmo lucrar. De certa forma, alguns conseguiram isso e fizeram fortuna gerando sua receita por meio de publicidade dirigida ou de ofertas em comércio eletrônico. Não podemos ignorar que tiveram uma grande ajuda do mercado internacional, que super valorizaram as empresas de Internet, levando os índices aos extremos, nunca sequer imaginados para as empresas da economia tradicional.

Mesmo depois da derrocada de vários projetos que prometiam dar lucro aos investidores sem cobrar nada dos usuários, o modelo de negócio resiste, mas com adaptações e tal especulação não agüentaria por tanto tempo esta sustentação, houve então a “queda à realidade”. Com as empresas desvalorizadas, diminui-se a oferta de investimentos, por conseqüência comprometendo a capitalização das mesmas.

Com o fim do “boom” da Internet, os internautas terão que se acostumar a pagar pelo acesso a páginas nas quais, até pouco tempo, navegavam de graça. O co-presidente do iG, Roberto Simões, acredita na mescla de serviços pagos com gratuitos. Ele define que o importante é estabelecer com a base de dados um relacionamento que possibilite a geração de renda por meio do e-commerce, produtos pagos e publicidade.

Um bom exemplo do porque disso, é o caso da Enciclopédia Britânica, que ao ser implementada na Internet, em 1994, estava disponível como um serviço pago. Obteve muito êxito, sobretudo junto dos estudantes. Em novembro de 1999, os responsáveis pela versão on-line da enciclopédia decidiram seguir a tendência da maioria dos sites, apostando nos serviços gratuitos, confiantes de que seriam capazes de atrair anunciantes em número suficiente para torná-lo rentável por si só. Com as tarifas publicitárias na Internet em “down”, a Britânica não suportou recuando novamente e, em meados de julho de 2001, implantou uma tarifa anual de US$ 49,73 para o acesso ao seu conteúdo.

A maioria dos internautas está disposta a pagar pelos serviços mas, tal como acontece no ‘mundo real’, apenas se o serviço valer a pena e for impossível de obter de outra forma. Muitos pesquisadores concordam em afirmar que os sites suscetíveis de terem mais êxito com serviços pagos são os de pornografia e entretenimento.

No entanto, apesar da maioria dos jornais e revistas continuarem disponibilizando conteúdos gratuitamente na Web, estudos mostram que esta situação poderá mudar em breve. Pesquisas realizadas pela Jupiter Media Matrix, afirma que 78% dos editores planejam limitar de alguma forma o acesso à parte dos conteúdos online e ao pagamento de uma taxa, embora o mesmo estudo mostre que 69% dos internautas não estão dispostos a pagar por esses mesmos conteúdos.

É necessário ter cautela ao projetar iniciativas que ofereçam serviços gratuitos. Se este for realmente seu foco, talvez seja relevante mesclar de forma sutil, mas transparente, tais serviços com os diversos meios de receita pela Internet.

Fonte: htmlstaff.org

Tags: ,

Categoria: Cases

Sobre E-Commerce News: Fundado no ano de 2009, o E-Commerce News é um site projetado para profissionais de todas as áreas, interessados nos mais recentes conteúdos sobre o e-commerce no Brasil e no mundo. Ver mais artigos deste autor.

Comente esta Matéria




Para incluir uma imagem ao lado do seu comentário, registre-se em Gravatar.