Ricardo Eletro e Lojas Insinuante terão lojas online independentes
A fusão das redes de varejo Ricardo Eletro e Lojas Insinuante, anunciada nesta segunda-feira (29/3), trará poucas mudanças na operação e na logística das respectivas lojas virtuais – por enquanto.
Segundo Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro e presidente da holding Máquina de Vendas, os sites vão operar de forma independente, como ocorrerá com as lojas físicas. Inicialmente, os centros de distribuição também continuarão separados.
Para o consumidor, no entanto, algumas mudanças deverão ocorrer em breve. O atendimento, explica Nunes, passará a abranger todo o Brasil – até então, o portal da Insinuante só atendia a alguns Estados do Nordeste.
E produtos que hoje são oferecidos apenas pela Ricardo Eletro poderão ser comprados pelo site da Insinuante, e vice-versa. No total, os dois sites vão oferecer acesso a 20 mil itens.
Desenvolvimento interno
O provável aumento na demanda por manutenção nos portais de e-commerce não terá, por enquanto, reflexo na contratação de serviços de TI. Nunes esclarece que os trabalhos continuarão a ser feitos internamente.
Atualmente a operação online representa 7% do faturamento anual da Ricardo Eletro; para as Lojas Insinuante, esse valor é de 4% do faturamento. O faturamento combinado, no entanto, poderá superar 11% dos quase 5 bilhões de reais em faturamento anual, já que a oferta em cada site aumentará.
“Essas operações trazem o poder de fogo do offline para o online”, avalia o diretor de marketing da consultoria e-bit, Alexandre Umberti. “Temos assistido a iniciativas de grandes grupos, como Pão de Açúcar/Casas Bahia e Carrefour, e o varejo online vem a reboque. A única das grandes lojas que não tem operação offline é o Submarino”, lembra.
Tanto a Ricardo Eletro como as Lojas Insinuante comercializam eletrodomésticos, eletrônicos e informática, três categorias que, somadas a livros e produtos de saúde e beleza, correspondem a 60% do mercado online brasileiro, afirma Umberti.
Em 2009, segundo o e-bit, o mercado de e-commerce brasileiro movimentou 10,6 bilhões de reais. O número não inclui transações entre empresas, nem de leilões online. A líder B2W, que comanda as lojas online Submarino e Americanas, é responsável por 35% desse mercado, afirma a consultoria.
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