E-commerce brasileiro: Quo Vadis?

| 01/06/2011 - 00:08 AM | Comentários (1)

Vitaminado pelo aumento do poder aquisitivo da Classe C, a explosão dos sites de compras coletivas, as vendas de TVs de tela plana por conta da Copa do Mundo e a consolidação de grandes grupos de varejo, o e-commerce brasileiro viu seu faturamento alcançar a marca de R$ 14,8 bilhões em 2010, um crescimento nominal de 40% sobre 2009.

Os números revelados pela 23a edição do Relatório WebShoppers comprovam que o comércio virtual já se tornou um hábito para cerca de 23 milhões de e-consumidores brasileiros, que devem chegar a 27 milhões até o final deste primeiro semestre, contabilizando um ingresso de 4 milhões de novos consumidores no período.

Com um gasto médio de R$ 373, esta clientela descobriu não apenas quão confortável é comprar sem sair de casa, mas ultrapassou a fase de experiência das compras de CDs, DVDs e Livros para começar a adquirir produtos de maior valor agregado, incluindo aí Eletrodomésticos, a categoria de maior destaque; além de Informática e Eletrônicos.

A expectativa para este ano é também bastante promissora: faturamento de R$ 20 bilhões, o que representará um avanço de 30% na comparação com o ano passado. Somente para o primeiro semestre, a estimativa é de que as vendas on-line cheguem a R$ 8,8 bilhões, ou seja, uma receita maior do que todo faturamento de 2008, que foi de R$ 8,2 bilhões.

Temos acompanhado a evolução do comércio online nos últimos 10 anos e sempre confiamos que alcançaríamos altos índices de crescimento por uma característica bastante peculiar do brasileiro: não temos medo das novas tecnologias, somos curiosos e ‘early adopters’ de tudo que é projetado nos laboratórios das grandes empresas de gadgets e pela própria Internet.

Este ambiente favorável também é impulsionado por outros fatores, como o avanço do público feminino recém-ingresso na Web. Inegável que as consumidoras são mais impulsivas, mas são, também, muito criteriosas na hora de fechar uma compra. Comparam preços, produtos, correm atrás das melhores ofertas “batendo pernas” pelas prateleiras virtuais.

Entre 2005 e 2010, as mulheres com faixa etária superior a 50 anos passaram de 14% para 21% do total das compradoras online e o ticket médio destas mesmas consumidoras aumentou de R$ 240 para R$ 314 no mesmo período.

A classe C, da mesma maneira, vem contribuindo fortemente para as vendas on-line. Apesar de comprarem com uma frequência menor, o ticket médio destes consumidores é idêntico ao das mulheres (R$ 314), já que são incentivados a adquirir produtos mais caros por conta de contarem com prazos maiores para o pagamento.

Os grandes descontos oferecidos pelos sites de compras coletivas também já caíram nas graças do brasileiro. Nada menos que 61% dos consumidores virtuais disseram já conhecer o conceito e dos que já compraram ao menos um cupom, 82% pretendem comprar novamente até o final do semestre.

Que o comércio eletrônico já é uma realidade mais do que consolidada não há dúvidas. Mas o que o futuro nos reserva? Os sites de compras coletivas, que já ultrapassaram a barreira dos 1,2 mil em operação ou em fase start-up são apenas parte de um fenômeno de consumo que será pautado, entre outras tendências, pela mobilidade, a geolocalização e o social commerce, conectando consumidores que terão cada vez mais informações e serão cada vez mais influenciados por seus amigos e familiares.

Para quem ainda pergunta “quo vadis?”, o e-commerce brasileiro tem uma irrefutável resposta: vou aonde o consumidor estiver, seja no celular, no tablet, no PC ou na TV Digital. E quem não quiser me acompanhar que compute os prejuízos por ter ficado preso na era pré-digital. Aliás, o que é mesmo esse negócio de digital?

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Categoria: Cases

Sobre Pedro Guasti: Presidente do Conselho de E-commerce da FecomercioSP, VP de Intelligence Market do BuscaPé e Diretor Geral da e-bit, empresa do Grupo BuscaPé.com Inc. desde julho/2007, especializada em informações para o mercado de e-commerce. Trabalha na e-bit desde sua fundação em 2000 e assumiu a direção geral da empresa em 2002. Anteriormente ocupou posições executivas nas áreas de Cash Management e Tecnologia da Informação em empresas como Unibanco e Prodesp. Graduado em Tecnologia da Computação pelo Mackenzie-SP e pós-graduado em MBA na Universidade de São Paulo em Conhecimento, Tecnologia e Inovação. Foi o representante brasileiro no programa Inter-American e-Business Fellowship 2003 patrocinado pelo Departamento de Comércio Americano e pelo eBay.com e atualmente ocupa o cargo de Conselheiro da Camara-e.net. Ver mais artigos deste autor.

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Comentário (1)

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  1. Léa disse:

    Vcs são ótimos! Não passamos um dia sem acessar o site.
    Parabéns pelas matérias e assuntos atuais.

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