Ozzie, da Microsoft, revela “nuvem invisível”

| 18/11/2009 - 21:25 PM | Comentários (0)

A incursão da Microsoft à computação em nuvem terá sucesso se a maioria das pessoas nem mesmo perceber que a nuvem está lá, afirmou o executivo que comanda a iniciativa.

O novo serviço Windows Azure será lançado em 1o de janeiro pela gigante do software e executará aplicativos dos usuários em seus servidores. O serviço pretende atender as necessidades dos usuários por meio de imensas centrais de processamento de dados e ajudando sites a se manterem operacionais em momentos de pico de demanda.

“Para os consumidores, o melhor resultado da computação em nuvem é que eles não a percebam”, disse Ray Ozzie, vice-presidente de arquitetura de software da Microsoft, em entrevista durante a conferência anual de programadores da empresa.

“Empresas que não estão no ramo de tecnologia da informação -como grupos industriais e de varejo- ainda assim têm de se relacionar com seus clientes online”, disse Ozzie. “O Azure nos permite realizar o árduo trabalho de descobrir como construir esses sistemas de escala realmente grande, que atendem a todos os consumidores enquanto permitem que as empresas se concentrem em fazer aquilo em que são realmente boas.”

Criador do programa de email Lotus Notes e considerado um dos pioneiros da indústria de software, Ozzie tem sido a força central empurrando a Microsoft em direção à computação em nuvem.

A segunda-feira depois do Dia de Ação de Graças –um dos dias de maior movimento do ano no comércio dos Estados Unidos– serve como exemplo de momento em que uma empresa pode subitamente necessitar de mais servidores para processar as compras em seu site, mas não poderia arcar com o custo de manter esses servidores adicionais durante todo o ano.

“Da perspectiva do consumidor, assim que eles apertarem o botão do carrinho de compras online, eles serão capazes de concluir a transação”, disse Ozzie. “Não perderão o conteúdo registrado no carrinho de compras e não precisarão usar o botão de retorno ou ficar preocupados em saber se a transação foi ou não consumada.”

Crises de saúde ou desastres podem ser outros momentos em que operadores de sites precisem subitamente de mais capacidade para atender à demanda.

“O que a computação em nuvem permitirá que os departamentos de informática façam é adquirir poder de computação quando necessário”, disse Ozzie. “Se você tiver um aplicativo que desejaria executar apenas para teste, pagará pouco; se a sua demanda crescer mais e mais, aumentaremos a potência e ofereceremos mais e mais capacidade.”

Essa abordagem, que dá a desenvolvedores plataforma para escreverem aplicações online e espaço alugado em datacenters, soa como uma estratégia radical para a Microsoft, que tem contado com a venda de software empacotado e que precisa ser instalado nos computadores dos usuários.

Mas Ozzie afirma que o foco em software, não em como ele é entregue aos clientes, é o fio conector.

“O que fez a Microsoft ser o que é hoje é o software”, disse Ozzie. “Não acho que há alguma mudança dramática aqui em termos de valor. Software é o cerne do que nós somos.”

Ozzie, 53, assumiu a função de arquiteto-chefe de software da Microsoft em junho de 2006, quando o presidente Bill Gates decidiu se afastar das decisões sobre o dia-a-dia da empresa que ajudou a fundar.

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Categoria: Lançamentos, Notícias

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