Microsoft prepara investida em aplicativos de produtividade na nuvem
A Microsoft prepara uma investida agressiva na área de aplicativos de produtividade na nuvem com o lançamento do Office Web Apps e outros produtos. Quando o assunto é a criação de versões móveis dos produtos, no entanto, a empresa é cautelosa.
O Office Web Apps é parte do Office 2010, cujo lançamento para consumidores corporativos está programado para 12 de maio, com disponibilidade geral prevista para junho. A versão online da suíte de aplicativos inclui versões gratuitas de web do Word, Excel e Power Point.
“Precisamos liderar. Temos que ser os que tomam as decisões mais difíceis e os que levam a indústria a fazer o que fazemos”, disse o presidente da divisão corporativa da Microsoft, Stephen Elop.
Uma pesquisa feita em 2009 pela consultoria IDC mostrou crescimento no uso do Google Docs, que era usado por 20% das empresas entrevistadas. Em 2007, a suíte de aplicativos de produtividade online do Google era usada apenas por 6% das empresas.
Mas entrar tarde no mercado com sua própria suíte de produtividade não deve prejudicar a Microsoft. A mesma pesquisa da IDC concluiu que o aumento na utilização do Google Docs não deve ter efeito negativo na participação de mercado do Office, sugerindo que os aplicativos de web podem ser usados como complementos, não substitutos – pelo menos por enquanto.
O papel das aplicações de produtividade de web pode mudar ao longo do tempo se as empresas se acostumarem a elas, tornando-as substitutos dos softwares de desktop.
Elop descreveu o impacto da computação em nuvem no mercado corporativo de TI como um exemplo de “ruptura construtiva”, e disse que a Microsoft deve tomar cuidado ao analisar que aplicativos são implantados e usados.
“Quando penso nessas ações, devo fazer de um jeito que ajude os 500 milhões de consumidores do Microsoft Office, por exemplo. Essa é a quantidade de usuários nosso produto diariamente ou com algum grau de frequência,”, disse Elop.
A grande base instalada de usuários faz do Office uma fonte importante de receita para a Microsoft. Em 2009, as vendas da suíte de aplicativos excederam os 17 bilhões de dólares, representando cerca de 30% da receita geral da empresa. Como resultado, a Microsoft quer garantir que novas versões do Office sejam acessadas online ou usadas em telefones celulares.
“A qualidade da experiência tem que ser inquestionável e de acordo com tudo o que os consumidores já conhecem”, disse Elop.
Na visão da Microsoft sobre a evolução dos aplicativos de produtividade, os usuários vão editar e mover documentos entre seus computadores pessoais, a internet e dispositivos móveis, sem perder a estrutura ou formatação dos arquivos.
A versão móvel do Office estará disponível para equipamentos com o Windows Phone ainda em 2010, assim como para smartphones que rodam Symbian e Meego, disse Elop.
Porém, a Microsoft não possui planos imediatos de oferecer versão móvel do Office para aparelhos BlackBerry ou para o iPhone. “Pensamos seriamente nos cenários que precisam ser ativados em cada tipo de dispositivo, e em que momento, porque temos recursos limitados”, explicou Elop.
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