Preços em comparadores devem ser 5% abaixo do valor médio, recomenda especialista
O que os consumidores levam em consideração na hora de optar por uma loja na internet? Será somente escolher aquela mais conhecida? Hoje, com a ajuda dos sites comparadores de preços, o processo de decisão de compra ficou mais democrático, pois os clientes têm cada vez mais a possibilidade de avaliar vários itens – de diferentes estabelecimentos – de uma só vez, incluindo aspectos como a disponibilidade do produto, prazo de entrega, opções de pagamento e parcelamento, avaliação de outros clientes, e, inclusive, preços.
Por isso, é importante que os comerciantes tenham uma boa estratégia de pricing nestes canais, haja vista que, quando o consumidor faz uma busca, significa que ele está prestes a efetuar a compra, como explica ao E-Commerce News, Flávio Pagotto, CEO do Kuantokusta, site de comparação de preços. “Neste momento, ele olha o preço, a disponibilidade do produto, a previsão de entrega e o valor do frete – geralmente nesta ordem. Mas, caso o preço de determinado produto esteja muito acima da média, o cliente não clica no link e, portanto, não é direcionado para a loja virtual. Isso quer dizer que preços altos podem fazer os clientes nem mesmo visitarem a loja”, ressalta.
Para não correr esse risco, os varejistas devem adotar algumas medidas no momento da precificação das mercadorias nestes canais, como analisar os preços aplicados pelos concorrentes e ainda condições comerciais como frete e previsão de entrega. “Além disso, o ideal é oferecer produtos com um preço 5% abaixo do valor médio. Alguns sistemas específicos, como os que utilizamos, permitem analisar as lojas concorrentes, inclusive, enviando alertas para o e-mail quando há mudanças de preços”, destaca.
Outro aspecto importante é evitar os erros ainda comuns cometidos pelos varejistas na hora de dar preço aos produtos. E, neste caso, todo cuidado é pouco, pois, a má precificação pode prejudicar o desempenho do lojista. “Os comerciantes cometem dois erros principais: o primeiro é quando vendem um produto de lançamento abaixo do custo. A prática visa atrair mais clientes, mas ela não é viável, pois não vai ser possível manter esta lógica com todas as mercadorias. O segundo erro é não atualizar os preços semanalmente. Mais de 80% das lojas não alteram os preços com a frequência mínima”, reforça.
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