Entregabilidade de e-mails é problema sério no Brasil, diz ReturnPath

| 22/06/2012 - 08:24 AM | Comentários (0)

De todos os e-mails comerciais enviados no Brasil durante o segundo semestre de 2011 , apenas 64,5% (76,5% no mundo) atingiram a caixa de entrada dos destinatários, ficando praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior (64%), segundo um estudo divulgado em junho de 2012 pela ReturnPath. O ingresso na pasta de spam diminuiu ligeiramente para 22,4%, porém mais mensagens foram bloqueadas por ISPs, com as taxas de mensagens perdidas chegando a 13,1%. Juntos, esses dados servem de alerta para as empresas de e-commerce, pois recursos estão sendo desperdiçados com e-mails não entregues.

Ainda assim, as Américas Central e Latina (CALA) evoluíram bastante neste quesito, com a proporção de e-mails alcançando a caixa de entrada variando de 62% (seis de dez) para 72% no período. Embora não seja mais a região com a pior entregabilidade, é apenas ligeiramente melhor que a Ásia-Pacífico (66,5% contra 71,5%).

Quando analisados os segmentos de indústria em separado, o estudo mostra que os setores de varejo e ofertas diárias sofreram com a baixa entregabilidade nas Américas Central e Latina. Os varejistas tiveram 84% dos e-mails bloqueados ou entregues à caixa de spam, enquanto as empresas de ofertas diárias se saíram ainda pior, com 88%.

A seguir, algumas dicas extraídas do relatório, que quando bem empregadas podem melhorar o desempenho da entrega de e-mails:

1. Monitoramento de reputação:  Parece simples, mas na maioria dos casos não é. Se você estiver usando um terceiro para entregar seus emails, comumente referidos como provedores de serviços de email, ou ESP, é natural pensar que estão monitorando e melhorando a sua reputação por você. Porém, é trabalho dos profissionais de marketing gerenciar o próprio comportamento de envio, uma vez que a maioria dos problemas de entregabilidade ocorre por uma ruptura no ciclo de vida do assinante, algo sobre o que os profissionais de marketing têm total controle, como manter taxas de reclamação baixas, listas limpas e conteúdo envolvente para assinantes. Além disso, a maioria dos ESPs não possui as métricas que os ISPs usam para calcular a reputação de um remetente. Fazer parceria com um terceiro para fornecer esses dados e ideias é essencial.

2. Interpretando os dados de entregabilidade:  As decisões de entregabilidade são conduzidas por dados e pode ser desafiador descobrir exatamente o motivo das falhas na caixa de entrada. Fazer uma análise mais profunda nos dados sobre envolvimento do seu assinante pode render grandes resultados. Por exemplo, alguns segmentos dos seus assinantes podem ser mais tolerantes com relação a uma frequência maior do que outros. Analisar as reclamações do assinante e o volume pode ajudar a determinar elementos como sua estratégia de segmentação de IP. Isso está relacionado ao fato de possuir dados e poder decifrá-los.

3. Permanecendo à frente da curva de entregabilidade:Não apenas as regras de entregabilidade são complexas, como também estão em constante mudança. O jogo de gato e rato entre remetentes de lixo eletrônico e ISPs e empresas de filtragem de spam garante que sempre haverá novos métodos para separar o joio do trigo. Por exemplo, muito recentemente, líderes do setor como Microsoft, Google, Yahoo e Return Path uniram esforços em DMARC, uma nova maneira dos profissionais de marketing impedirem fraudadores de fazer spoof das suas marcas e provocar uma falta de confiança dos assinantes e prejuízos à marca.Seguir as melhores práticas e ficar atualizado sobre esses novos movimentos pode garantir que você continue na caixa de entrada que pertence.

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Categoria: Pesquisas

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