Preço e comodidade atraem consumidores da terceira idade, afirma executivo

Muitas vezes vista como avessa a tecnologias ou inovações, a terceira idade está mostrando que tem potencial para participar ativamente do comércio online. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), dos 10 milhões de novos compradores brasileiros na internet em 2013, dois milhões estão na faixa dos 50 anos ou mais e representam a segunda maior fatia entre esses clientes.

De acordo com a pesquisa, a faixa etária dos idosos só perde para a parcela dos jovens de 14 a 24 anos em gastos com serviços e produtos via web. Conforme aponta Maurício Salvador, presidente da ABComm, o aperfeiçoamento na usabilidade de tablets e smartphones, melhora na qualidade das conexões de Internet nos últimos anos e investimentos na interface das lojas virtuais, têm favorecido o crescimento de e-consumidores com mais de 50 anos: “Há um notável aumento da confiança desse público em comprar online, uma vez que quanto mais tempo passa desde o primeiro acesso à internet, maior a probabilidade de finalizarem uma compra online”, afirma.

Para os varejistas interessados em atender esse tipo de consumidor, o executivo destaca dois pontos que merecem atenção especial: preço e comodidade. “Qualquer produto que oferecer essas duas características terá um ótimo apelo com esse público”, comenta. Ele acrescenta que os nichos de alimentos, higiene pessoal, medicamentos, serviços e entretenimento são os mais indicados para esse consumidor: “As categorias de saúde, cuidados pessoais e alimentos são interessantes especialmente por trazerem produtos de recompra com um tíquete médio mais competitivo que os do varejo off-line”, acrescenta.

No entanto, os lojistas precisam ter uma atenção especial com este consumidor, principalmente no que tange à usabilidade de suas plataformas: “as lojas virtuais devem apresentar fotos e textos em tamanhos maiores, para facilitar a visualização; categorizar seus menus de maneira mais intuitiva; e trazerem links com call to action de forma clara e destacada” conclui o executivo.