Humanizando a comunicação

| 10/09/2012 - 10:05 AM | Comentários (1)

Por que as Redes Sociais fazem tanto sucesso entre as pessoas no mundo inteiro? Essa é uma pergunta, que com certeza, vai gerar diversas respostas, conversas e discussões. O que é ótimo, pois é dessa forma que as opiniões são formadas, com trocas de informações e experiências; entretanto, na minha opinião, um dos pontos mais fortes nesses quase 1 bilhão de perfis no Facebook (e vamos ficar na maior rede para não estender muito) é a humanização. São pessoas falando com pessoas, aliás, para quem esqueceu, Internet é movida por pessoas e o Facebook, por exemplo, é apenas a plataforma que une as pessoas.

Humanizar a comunicação vai além de colocar uma personagem no banner ou ter um Ronald McDonald nas comunicações. É conversar! As pessoas falam, as pessoas ouvem, elas escrevem, elas querem se comunicar. O diálogo é usado desde o tempo em que vivíamos nas cavernas. Seja por sinais, por desenhos, pela palavra, a comunicação é essencial para a sobrevivência humana. Arrisco até dizer que talvez Maslow em sua pirâmide de necessidades tenha esquecido dessa necessidade básica para o ser humano: se comunicar.

Usar uma personagem para ilustrar a comunicação é sempre bem vinda, mas desde que ela tenha vida. E ter vida significa que ela converse, fale, escute e responda. Desde pequeno eu sempre li (e confesso ler até hoje) a Turma da Mônica. O sucesso é enorme não apenas pelas trapalhadas do Cebolinha ou a comilança da Magali, mas por que o seu autor, Maurício de Souza, sempre se preocupou em dar vida a personagem. São filmes, revistas, teatro e desenho na TV que mostra as personagens andando, comendo, falando, jogando bola, chorando, rindo. Emoções é a palavra que define o que os personagens do Maurício de Souza possuem. As marcas precisam dessa emoção.

Eu por exemplo, trabalho em uma empresa que vende mais do que produtos, vende emoção. Eu vendo flores. Vendo um produto que a maioria das pessoas compram para dar de presente a uma pessoa querida e amada. Falamos de amor o dia inteiro. Assim como a Giuliana Flores, outras empresas trabalham com produtos sentimentais, como a BebeStore por exemplo. Vendemos produtos que mexem com o emocional das pessoas. Tecnisa, Fiat, CVC fazem o mesmo. Por que não emocionar as pessoas na comunicação? Por que não conversar? Por que não usar os canais de relacionamento e até mesmo os sites para falar, tirar dúvidas, dar dicas, dar sugestões?

Humanizar a comunicação não pode ser tendência. É preciso ser uma obrigação das empresas! Sempre vejo exemplos daqueles vendedores emocionais. Aquelas pessoas que o cliente passa para dar um oi. Pode ser o Sr. Antonio do restaurante, o Sr. Pedro do Açougue, o Sr. Manoel da padaria, são seres humanos, mas no ambiente de trabalho transformados em personagens clássicos. Humanizam a conversa, conquistam pessoas, as deixam fãs, as deixam apaixonadas. Um fã apaixonado não trai, um consumidor fã não compra da concorrência.

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Categoria: Cases

Sobre Felipe Morais: Felipe Morais é especialista e autor do livro Planejamento Estratégico Digital. Professor de Pós-Graudação e MBA nas áreas de Marketing Digital e E-commerce. Coordenador do MBA de E-commerce da Faculdade Impacta de Tecnologia. Já atuou em empresas como NeogamaBBH, Nova.com, Tesla, TV1.com e Salles Chemestri atendendo clientes como Bradesco, HSBC, Caixa, Chevrolet, Coca-Cola, Vivo, Pirelli e Mercedes-Benz. Atualmente é Gerente de Marketing e E-commerce da Giuliana Flores. Palestrante, consultor e autor do Blog do Planejamento Estratégico digital (plannerfelipemorais.blogspot.com). Diretor de Novas Mídias da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Ver mais artigos deste autor.

Comentário (1)

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  1. Natalia disse:

    A comunicação realmente é um forte da Giuliana, ontem voltando do litoral norte vi um outdoor e pensei “_Que bacana, os caras estão na internet fazendo propaganda off na estrada!”. Vejo em todos os lugares e confesso, quando vi a propaganda fiquei pensando: “_Nossa, quanto tempo não recebo flores…”

    Parabéns pela matéria, trabalho com e-commerce e concordo plenamente: não venda espremedores, venda a sensação da sede saciada.

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