Black Friday cresce 1500% em cinco anos, avalia executivo
A crise passou longe para o brasileiro na Black Friday 2015. O comércio eletrônico movimentou R$ 1,536 bilhão – 76% a mais que em 2014. O desempenho superou as expectativas. Em outubro, a ClearSale estimava em R$ 978 milhões o faturamento neste ano. “Os números mostram que a data definitivamente entrou para o calendário de compras do brasileiro”, diz Ludovino Lopes, presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). “Se compararmos com os R$ 100 milhões faturados na primeira edição, em 2010, atingimos um crescimento de mais de 1500% em cinco anos”.
Durante a promoção, foram realizadas 3.122.843 transações, com ticket médio de R$ 580 – 11% maior que o do ano passado (R$ 522) e bem acima do registrado pelo setor ao longo do ano (em média R$ 370). As categorias mais vendidas foram eletrodomésticos, celulares e eletrônicos – produtos com maior valor agregado. “O consumidor aproveitou a Black Friday para comprar o produto para o qual economizou dinheiro o ano todo”, diz Lopes. “E comprou para si, não ainda para presentear a família”. Lopes ainda destaca como um dos responsáveis pelo bom desempenho da promoção o investimento feito pelos lojistas em tecnologia para que os sites suportassem a procura com maior robustez técnica.
Outro ponto destacado por Lopes é o melhor preparo dos lojistas no atendimento ao consumidor da Black Friday. “Além de se qualificarem tecnicamente, as lojas se preocuparam em passar credibilidade ao consumidor”. Um termômetro disso é a procura pelo selo Black Friday Legal 2015, que teve 901 lojas aprovadas. Iniciativa da camara-e.net, o Black Friday Legal visa a contribuir para a criação de um ambiente de confiança no comércio eletrônico durante promoção.
Este ano, as empresas que conquistaram o selo tiveram que acompanhar um das capacitações que, entre outras coisas, mostrava como as lojas deveriam operar seguindo a legislação do comércio eletrônico e as boas práticas do mercado. Além da capacitação, as lojas passaram por análise cadastral criteriosa, em que foram verificados itens como situação do CNPJ no site da receita, endereço físico, telefone e meios de contato eletrônicos para atendimento do consumidor.
“Essas empresas assinaram o Código de Ética do BFL comprometendo-se a praticar ofertas reais”, completa Lopes. Empresas portadoras do selo que desrespeitaram o código de ética terão seu caso analisado por um Conselho do Código de Ética, que poderá advertir, suspender ou até mesmo excluir a loja de participações futuras na promoção com o selo da camara-e.net.
Categoria: Balanços