E-Commerce chinês vive momento de consolidação

Beneficiado pela explosão da internet na China, as compras pelo e-commerce tem se tornado cada vez mais popular entre os consumidores daquele país. De acordo com pesquisa realizada por uma entidade chinesa, as vendas pelo comércio eletrônico em 2005 representavam apenas 0,24% de toda a receita do varejo chinês, hoje, representa mais de 3% do total, percentual significativo se levado em consideração a dimensão daquele mercado.

Em junho de 2010, a China contabilizou um total de 420 milhões de internautas, se consolidando como a maior base de usuários online do mundo, e a taxa de penetração da internet saltou para 31,8% de sua população. Outro fator que tem beneficiado o amadurecimento do e-commerce chinês é o aumento da renda pessoal, fazendo com que muitas pessoas realizem o que antes era inimaginável, compras online.

Na China, o comércio por meio do C2C (Consumer to Consumer) representa a maior fatia do e-commerce, contribuindo com 89 por cento do volume total negociado naquele país. Entre as empresas que trabalham neste setor o Taobao.com detém a esmagadora participação, com cerca de 83,5 por cento de todo o mercado no 1º semestre de 2010.

No entanto, o e-commerce B2C (Business to Consumer ) que detém um volume de transações inferior ao C2C, irá se desenvolver muito rapidamente, principalmente com a massificação das vendas de produtos legítimos, pois a pirataria ainda assola aquele país. De acordo com analistas, se espera que o mercado de C2C diminua ao longo dos anos, perdendo grande parte de sua participação atual para o B2C.

Além disso, as empresas que comercializam seus bens pelo B2C estão enfrentando forte concorrência, forçando seus participantes a comercializarem suas mercadorias por preços mais baixos, devido a grandes promoções e melhorias dos serviços oferecidos pelos concorrentes, fazendo com que os consumidores chineses pensem bem antes de optarem por uma determinada empresa. O B2C já conta com grandes companhias, como a Joyo, Amazon.com e Dangdang. Empresas que operam em outros setores como as de C2C, como Taobao.com, Youa e Baidu estão se deslocando para mercados de B2C.

A expansão do portfólio de produtos pelas empresas é outra característica marcante da evolução do B2C na China. Um exemplo disso é a Redbaby, que até pouco tempo comercializava exclusivamente produtos para bebês passou a englobar outros itens, como cosméticos, utensílios domésticos e suprimentos de saúde. Portanto, a diversificação dos produtos tem se consolidado como uma grande tendência deste mercado.

O rápido crescimento de usuários que acessam a internet por meio de dispositivos móveis tem chamado muito a atenção das empresas ligadas ao e-commerce chinês. Inclusive, diversas companhias têm criado departamentos específicos para esta área, e implementado diversas estratégias com o intuito de atingir este tipo de consumidor, oferecendo serviços de pagamentos online para celulares, ações de Móbile Marketing, além de disponibilizarem plataformas exclusivas para estes usuários.