Pethub espera alcançar 200 mil usuários e ampliar área de atuação em 2013

Sergio Henrique do Amaral Hernandes | fotógrafo: Simon Plestenjak/Editora Globo

Lançado no final de 2012, o Pethub, site que permite aos usuários se candidatar a hospedar cães em sua própria residência, segue em ascensão com perspectivas promissoras, inclusive de ampliação da área de prestação do serviço, que a princípio, atende somente a cidade de São Paulo. “Esperamos alcançar 200 mil usuários cadastrados ainda este ano. Além disso, estamos planejando o lançamento do serviço na cidade do Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, e mais além, com um primeiro foco nas cidades que as pessoas viajam com mais frequência. Estamos olhando para cidades menores mais próximas”, destaca Sergio Hernandes, fundador da startup, ao E-Commerce News.

De acordo com ele, a garantia de um número de anfitriões (candidatos) qualificados o suficiente, é um fator fundamental no momento de habilitar uma determinada região para a prestação do serviço. “Temos de garantir aos clientes que a Pethub tem anfitriões suficientes e qualificados na localidade antes de habilitá-la, pois, queremos que eles tenham várias opções para escolha. Além disso, pelo fato de serem pessoas comuns, os planos podem mudar. E em algum momento, os anfitriões precisarão fazer um cancelamento de última hora e a gente nunca sabe o que pode acontecer. Então, precisamos estabelecer um conjunto de ações em cada região, para que efetivamente possamos recorrer a outros anfitriões se alguém faz um cancelamento de última hora. Nós temos que criar uma rede que possa lidar com qualquer imprevisto que possa surgir. Nossa abordagem será a de realmente chegar de cidade em cidade, para que possamos ter a certeza de estar atendendo. Este é o motivo de ainda não estar disponível em outras cidades”, enfatiza.

Modelo de negócio

Para Hernandes, o grande diferencial do negócio está na possibilidade de gerar ganhos extras aos anfitriões, além de atender a todas as necessidades específicas dos donos de animais. “Permitimos a qualquer pessoa que queira hospedar cães em sua própria casa, se candidatar a criar um perfil no site. Dessa forma, o anfitrião gera uma renda extra cuidando de outros cães em sua própria residência. Trata-se de uma comunidade, um marketplace que combina amantes de cães de confiança – que estamos chamando de anfitriões – com as necessidades específicas dos donos de animais de estimação”, esclarece.

Ele complementa que é o proprietário do imóvel quem define o valor dos preços dos serviços prestados, os horários de atendimento e até as raças ou portes dos cães que está disponível a receber, a uma taxa de 15% paga pelo proprietário do animal ao Pethub. “Quando você é dono de um cão e precisa viajar você tem duas opções: deixar o animal em um hotel, o que tende a ser muito caro, onde seus cães geralmente ficarão em uma gaiola 23 horas por dia, além de fazer com que o dono se sinta muito culpado. Ou a segunda opção, que é pedir a amigos ou familiares para ficar com o seu animal. Apesar de muitas vezes funcionar, você está tendo que pedir um favor, o que também faz você se sentir mal. Por isso, acreditamos que trouxemos uma solução para este público, e ajudamos a encontrar tanto pet sitters profissionais, como amantes de cães casuais, mas de confiança, que estão dispostos a abrir sua casa para cuidar de outros cães”, justifica.

E, foi justamente este o maior motivador da criação do site – a dificuldade de encontrar um local para hospedar seu cão sempre que precisava viajar, complementa. “Já deixamos de sair muitas vezes por não ter com quem deixar nosso cão. Não gostamos de hotéis, pois o animal fica preso a maior parte do tempo. E inspirados pelo desejo de encontrar um lar real, com amor para os cães, de modo que a experiência de hospedagem seja um período de férias, tanto para o cão quanto para seu proprietário criamos, a PetHub”, detalha.

Hernandes afirma ainda que, até então, a startup opera com recursos próprios, mas, que em breve receberá a primeira rodada de investimentos. “Estamos conversando com diversos grupos de investidores para receber o primeiro aporte de investimentos”, antecipa.