Cresce participação da classe C no e-commerce
O aumento da renda e do crédito fazem crescer a participação da classe C no comércio virtual. De acordo com os dados divulgados pela consultoria e-bit, que reúne informações sobre e-commerce no Brasil, mostram que 60% dos novos consumidores possuem renda familiar de até R$ 3 mil.
No primeiro semestre, a consultoria registrou a entrada de 2,4 milhões de consumidores para o mundo das compras virtuais. Esse adicional fez a base dos clientes que já fizeram ao menos uma aquisição pela internet chegar a 20 milhões de pessoas.
Segundo o diretor do e-bit, Alexandre Umberti, a classe C já representa cerca de 30% desse total. A previsão para o final do ano é que mais 3 milhões de pessoas entrem para o mercado virtual, o que significará um aumento de 30% na base total de consumidores virtuais no Brasil.
Segundo Umberti, a frequência de aquisições na classe C no consumo virtual é baixa, não ultrapassa duas compras ao ano. Entretanto, os pedidos são feitos depois de uma extensa apuração de preços e têm valor elevado. “A classe C entra comprando eletrodomésticos na internet”, aponta.
No semestre, pesou a redução de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para a linha branca, que ajudou a impulsionar o faturamento do comércio eletrônico para R$ 6,7 bilhões, com crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2009.
A concorrência entre as lojas no ambiente virtual pode ter levado esse consumidor para a internet. A consultoria aponta que a variação de preços entre as marcas chega até 30% para um mesmo produto.