Konduto alerta para problemas que o Black Friday pode causar para consumidores e e-commerces
O Black Friday já faz parte do calendário dos brasileiros. Implementado em 2010, a mega promoção registra a cada ano recordes de vendas e faturamento cada vez maior para os comércios físico e online no país. Na edição passada, o e-commerce somou R$ 770 milhões em apenas um dia, segundo dados da E-bit. A expectativa para 2014 é ainda melhor, com um aumento de 56%, o que significa uma movimentação próxima a R$ 1,2 bilhão no e-commerce nacional.
Apesar das boas notícias para a indústria, Tom Canabarro, cofundador da Konduto, plataforma brasileira especializada em análise de fraude e comportamento de compra na internet, alertou para alguns problemas que consumidores e varejistas podem enfrentar em datas como o Black Friday. “Como o aumento no número de vendas é muito grande, os lojistas precisam estar preparados, tanto na parte de tecnologia como de operações. Há muitos sites que são derrubados pelo volume de visitas e eles precisam estar prontos para este pico de acessos a fim de não perder vendas e não frustrar a experiência de compra do internauta”, comenta Canabarro.
O executivo alerta ainda para as operações do pós-Black Friday, quando é preciso enviar os produtos, lidar com cancelamentos e trocas de pedidos, e com as fraudes realizadas durante a promoção. “O marketing que atrai clientes também atrai os fraudadores e oportunistas”, explica Canabarro.Entre os produtos mais visados em crimes virtuais estão os artigos eletrônicos, como celulares e tablets. “Eles continuam sendo os campeões de fraude, pois são produtos de fácil revenda e de alto valor agregado, então o ganho para os fraudadores é alto”, destaca.
As fraudes atingem tanto comerciantes, quanto consumidores. Recentemente, foram registrados alguns casos de lojas e vendedores falsos, principalmente em redes sociais. Eles publicam as fotos dos produtos oferecendo preços muito bons e o usuário acaba comprando no impulso. Porém, aquele produto não existe e o consumidor acaba perdendo o dinheiro. “A dica é sempre pesquisar o nome da loja em sites como o Reclame Aqui, para ver se não há relatos de casos parecidos”, diz Tom.
Em relação ao lojista, os criminosos fazem compras usando identidades falsas e cartões roubados. Em muitos casos, os dados cadastrais são verídicos e uma validação apressada – que tem mais chance de acontecer em um período de muitas vendas – vai deixar o pedido passar. “Na Konduto implementamos uma tecnologia de inteligência artificial para que os varejistas online não sofram com esse tipo de ação. Nosso sistema detecta, automaticamente, o padrão de vendas de cada loja, analisa o comportamento de navegação e compra do cliente para determinar a probabilidade de fraude e gera um score em tempo real. Antes de concluir a compra, o perfil do internauta já foi 80% analisado e, então, o varejista decide se libera ou não a transação”, explica Canabarro.
Para o consumidor, a receita é simples. A pesquisa pela reputação do site é o principal indicador se ele é seguro ou não. Veja se ele oferece produtos de qualidade e se entrega no prazo. O Reclame Aqui e o E-bit, por exemplo, são importantes fontes para ver o que outros compradores comentam. Os sites estrangeiros merecem atenção especial, pois é mais difícil checar a sua reputação. “Nos EUA existe o Better Business Bureau (www.bbb.org), onde as pessoas podem pesquisar pelo nome do e-commerce. Mas ninguém ganha do Google. Basta digitar o nome de um site para ver centenas de reclamações em fóruns e redes sociais”, aconselha Tom Canabarro.
Categoria: Crimes