Paypal se “curva” aos criminosos pró-WikiLeaks

Após contabilizarem prejuízos sem precedentes por conta de cyber criminosos, e de estarem profundamente arrependidas de terem se envolvido nesta grande enrascada, as empresas que foram vítimas dos ataques de Hackers nestes últimos dias, e outras que foram ameaçadas de serem atacadas estão tentando de todas as formas encontrar uma maneira de se “conciliar” com os criminosos.

O Paypal, que teve sua plataforma paralisada por pelo menos 8 horas, foi o primeiro a tentar uma conciliação com estes criminosos. Por meio de seu blog, a companhia afirma que desbloqueará todos os donativos que seriam destinados ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, e que só havia bloqueado sua conta devido a problemas encontrados que violavam a legislação dos Estados Unidos, e de forma alguma foi por pressão do governo naquele país. Difícil de acreditar, mas o fato é que os “Hackers ativistas” foram os grandes vitoriosos.

Além do Paypal, o Twitter também se explicou das acusações feitas pelos criminosos de que havia censurado em sua plataforma debates a respeito do Wikileaks, afirmando que seu sistema possui um algoritmo que automaticamente atribui menos relevância para aqueles tópicos que estão sendo pouco comentados. Entretanto, o microblog ainda não foi atacado.

A Amazon.com, entretanto, parece ser a única companhia até o momento a ter resistido bravamente a estes terroristas. Não se sabe até quando, é verdade, mas o fato é que Mastercard, Visa, Paypal, Post Finance (banco suíço), sites governamentais, entre outros, ficaram por horas inoperantes, e a Amazon não.

Para Mauricio Kigiela, especialista em segurança e diretor do Site Blindado, não existe plataformas impenetráveis, os criminosos sempre encontrarão maneiras de fraudar o sistema, da mesma forma que acontece com estabelecimentos físicos de alta segurança.

“Costumo dizer que não existe 100% de segurança ou de garantia de que uma aplicação esteja protegida. Assim como no mercado off-line, criminosos conseguem assaltar bancos, no online os crimes também existem mesmo em grandes empresas”. Explica Kigiela em entrevista ao E-Commerce News, acrescentando que a segurança não é tarefa de apenas uma pessoa “Ocorre que a segurança é algo que tem que ser pensado e praticado por todos, desde colaboradores a equipe de segurança.” Finaliza.