E-commerce domina entregas dos Correios

| 05/06/2010 - 13:01 PM | Comentários (0)

As novas mídias derrubaram em 70% o volume de cartas entre pessoas físicas. Enviar uma correspondência não faz mais parte da rotina dos namorados. Os amigos que vivem longe também não escrevem várias páginas contando suas aventuras, medos e saudades. As cartas, que foram durante séculos a base da comunicação entre os homens, são agora substituídas pela internet: e-mail, skype, MSN, blogs, twitter.

Apesar disso, a internet trouxe benefícios para os Correios. O mundo virtual abriu as portas do comércio eletrônico, que depende de empresas como esta para realizar a entrega dos produtos comprados pelo computador.

A cada dia circulam em média pelo Brasil 770 mil encomendas. Jesus De Almeida é um dos 109 mil funcionários dos Correios em todo o país. Antes de sair para a rua, ele faz a triagem da encomenda e cuida do transporte até a entrega. No lugar da carta tradicional, na maioria das vezes ele carrega pacotes e caixas.

A jornalista Cristina Dissat não imagina mais a vida sem a internet. Com dois computadores e um celular, ela se diverte, trabalha e vai ao shopping no mundo virtual.

– Já comprei tudo: passagem, computador, televisão. Só não tiro dinheiro [pelo computador].

O faturamento dos Correios em 2008 ficou em R$ 11 bilhões, valor 13% maior do que o de 2007.

Espaço

As empresas brasileiras estão apostando no comércio eletrônico, também conhecido como e-commerce. Redes de supermercado, móveis, roupas e outros segmentos do varejo não param de investir no desenvolvimento de seus sites. Quem ainda não tem uma página, corre para abrir. Um objetivo comum a vários comerciantes é conquistar os consumidores de classe C, que recentemente adquiriram o primeiro computador e agora querem

Gerson Rolim , diretor-executivo da camara e-net, entidade especializada no setor, diz acreditar que o e-commerce tem espaço para crescer. Ele cita uma pesquisa da camara e-net que mostra a existência de 70 milhões de internautas e de 30 milhões de usuários de internet banking (serviços bancários como transferências, pagamentos e investimentos online) no Brasil. Ainda assim, o executivo explica que apenas 17 milhões são consumidores.

A conclusão fica fácil.

– Se pensarmos que quem usa internet banking pode vir a comprar em sites [já que essas pessoas têm bastante intimidade com os serviços online], vamos passar a milhões de consumidores a mais.

E-commerce

Em 2009 o comércio eletrônico cresceu cerca de 30% em relação ao ano anterior, segundo dados da camara e-net. Em faturamento, as compras pela internet alcançaram R$ 10,8 bilhões. As informações excluem os segmentos de leilão online (o site e-bay, por exemplo), passagens aéreas e automóveis.

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Rolim disse que a crise financeira internacional, que mexeu com a economia do mundo todo entre 2008 e 2009, afetou o setor de maneira positiva o comércio eletrônico porque o cidadão valoriza mais o dinheiro quando o país passa por turbulências.

– Só a internet apresenta ferramenta de comparação instantânea. Só ali você tem certeza de que está pagando o melhor preço.

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Categoria: Balanços, Notícias

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