Futuro do Mercado Livre está na mobilidade, diz fundador

| 30/01/2010 - 01:08 AM

O presidente e fundador do Mercado Livre na Campus Party

O presidente e fundador do Mercado Livre na Campus Party

Transformar uma pequena empresa de garagem na maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina não é um feito corriqueiro. Para falar sobre como conseguiu chegar aos 40,2 milhões de usuários cadastrados, o argentino Marcos Galperín, criador e presidente executivo do Mercado Livre, esteve na Campus Party Brasil nesta quinta-feira (28), em São Paulo. E para ele, o futuro está nos celulares.

O site finalizou o ano de 2008 com 21,1 milhões de transações e um volume de US$ 800 milhões. Por isso, o portal é o maior da América Latina e no Brasil (seguido pelas Lojas Americanas e o Buscapé). “Um em cada três usuários da internet brasileira acessa o Mercado Livre”, afirmou Galperín, ressaltando ainda que a página é a sétima maior da internet e a décima no país.

No total, foram mais de 2,5 milhões de vendedores únicos em 2008, com mais de 40 mil vendedores que conseguem toda renda ou parte dela pela plataforma. Anteriormente conhecido como portal de objetos usados, agora já possui “mais de 80%” de produtos novos, com “a maioria” com preço fixo. Também começou com transações pessoais, mas hoje já possui pequenas empresas utilizando a plataforma.

Histórico

O site de e-commerce foi criado em 1999 por Galperín e mais quatro colegas enquanto o executivo estudava na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Ele então montou um pequeno negócio no estacionamento de um prédio. “Hoje eu venho aqui dar palestras, mas é importante dizer que tudo começou em uma garagem”, diz.

Após sua fundação, o portal começou a chamar a atenção da concorrência, levando o gigante norte-americano do comércio eletrônico eBay a investir na compra de 30% das ações do Mercado Livre em 2001 para alcançar o usuário latino-americano.

O crescimento continuou forte. Segundo Galperín, o ano de 2007 foi um dos mais festejados na empresa por conta da entrada na Nasdaq, a bolsa de valores da informática, em Nova York.

Plataformas

Além do Mercado Livre, o grupo possui também a ferramenta de pagamentos Mercado Pago. Similar ao norte-americano PayPal, o serviço permite que se efetue transações financeiras dentro do site. Lançado há cinco anos, o recurso está disponível para qualquer página fora do ambiente do próprio portal de e-commerce na Argentina, Chile e Colômbia. “Obviamente, achamos que esse será o futuro aqui no Brasil também”, disse o executivo.

“O Mercado Pago é uma das ferramentas mais importantes para garantir a segurança dos usuários”, acredita, ressaltando que é a melhor forma para validar as 115 milhões de transações realizadas com o serviço. Segundo o argentino, há uma equipe de 350 pessoas em Alphaville, região metropolitana de São Paulo, “focadas em segurança”.

“Sentimos que estamos democratizando o comércio eletrônico e o varejo no Brasil da mesma forma que o YouTube permite a qualquer pessoa fazer um filme ou música”, afirmou, enfatizando que “mais da metade das transações são de pessoas que não vivem nas grandes cidades”.

“Nosso negócio depende muito que as pessoas tenham acesso à banda larga, educação e alfabetização”, afirma. Para o executivo, o futuro do Mercado Livre está na mobilidade. “Acho que o sistema operacional Android e o iPhone estão fazendo uma revolução”, diz, apostando também no potencial da geolocalização e nas redes sociais.

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Categoria: Eventos, Notícias

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