O e-commerce e a web 3.0

| 10/11/2009 - 20:53 PM | Comentários (0)

Vamos partir da premissa de que a Web semântica, termo cunhado por Tim Berners Lee, James Hendler e Ora Lassila*, é a Web 3.0 e que se caracteriza por uma rede interligada de significados de palavras a fim de se criar uma linguagem comum e inteligível para as máquinas.

É a partir dessa linguagem comum que as máquinas conseguirão refinar as buscas, travar diálogos entre si, cruzar dados, uma vez que estarão programadas para intercambiar informações e oferecê-las sob uma interface customizada ou específica para o usuário.

No primeiro estágio da rede (1.0), a Web possuía a capacidade de ler informações disponíveis em portais e outros ambientes da Internet. No segundo estágio (Web 2.0), participação, colaboração e interação são os termos da vez e as atitudes esperadas por usuários e instituições presentes na Rede.

A influência da Web 2.0 – participação do usuário, colaboração, compartilhamento – e o boom do vídeo e áudio alteraram profundamente a forma como as comunicações e transações são feitas pela Rede. E assim é com o comércio eletrônico. No entanto, da segunda fase, já assistimos o início da terceira.

O terceiro estágio (Web 3.0) está ligado à Web semântica. A Web semântica pode alterar completamente a forma como os buscadores atuam hoje. Esta terceira geração da Internet será capaz de dar respostas, como se fosse um agente/conselheiro, respondendo a perguntas concretas do internauta, cruzando informações e combinando dados de forma a oferecer resultados relevantes ao invés de milhares de páginas que nunca serão visitadas pelos usuários. A Web 3.0 se encarregará de estabelecer valorações, classificações e pelo método dedutivo, oferecer ao usuário a informação que ele precisa ou requisitou.

O comércio eletrônico só tem a se beneficiar com essa evolução da Web. Imagine um produto sendo descrito por áudio, vídeo e ainda ser classificado pela inteligência artificial por preço, loja, tendências de mercado, entre muitos outros atributos? Pois, é.

A Web 3.0 com a sua capacidade de processar a riqueza de informações da rede vai atender de forma mais direcionada aos anseios dos usuários. Fazendo uma analogia deste conceito com o ambiente que envolve o e-commerce, podemos apontar como incrementos uma maior gama de informações disponível para os e-consumidores, uma busca mais facilitada e dirigida, o histórico e a base de dados armazenados de forma que possam oferecer itens relacionados às preferências dos usuários e, por último, interfaces diferenciadas que se organizarão de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo próprio internauta. Só não eliminaremos algumas barreiras geográficas quando falamos de frete e custos de envio de mercadorias que estão do outro lado do mundo, mas, teremos acesso aos seus preços e à concorrência de forma ainda mais global.

Na era da participação da Web 2.0, já podemos contar com a opinião de desconhecidos, de sites pessoais, de vídeos e áudios feitos caseiramente, de rankings e afins, mas, na web 3.0, essas informações chegarão com mais rapidez e mais precisão. Assim esperamos!

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