Cybercrime faz 14 novas vítimas por segundo no mundo

| 30/09/2011 - 12:03 PM | Comentários (0)

O cybercrime se configurou em um problema persistente no último ano, atingindo 431 milhões de pessoas em 2010, de acordo com estudo realizado em setembro de 2011 pela Norton e StrategyOne. Dados do trabalho  “Norton Cybercrime Report 2011″ indicam que as perdas com os criminosos digitais alcançaram o valor de US$ 388 bilhões no último ano no mundo.

Ao se olhar para a frequência do cybercrime ao redor do mundo, o estudo revela que mais de 1 milhão de pessoas são vítimas desta contravenção todos os dias, com uma média de 14 novas vítimas por segundo. Com foco nos malwares, o estudo descobriu que muitos destes tipos de ataque são facilmente prevenidos com software de segurança básico, e que a falta de prevenção dos usuários leva as altas taxas de  incidência de malware. 41% dos adultos entrevistados não têm software atualizados, e 54% tem seus computadores infectados por malwares.

10% dos entrevistados foram vítimas do cybercrime em seus dispositivos móveis. 39% dos adultos se mostram mais preocupados com a incidência deste crime em seus PCs, enquanto 36% se mostram mais preocupados em que não afetem seus laptops e 13% dos adultos no geral demonstraram preocupação com o cybercrime móvel.

Entretanto, apenas 13% dos entrevistados têm aplicativos para preservar dados pessoais em seus telefones em caso de perdas, 15% utilizam aplicativos para checar a segurança de arquivos e websites e 16% mantêm o seu antivírus atualizado.

As perdas dos EUA com o cybercrime no ano passado foram estimadas em US$ 32 bilhões. Cada vítima perde em média de 10 dias trabalhando para resolver problemas gerados como efeitos do cybercrime, um tempo perdido com valor estimado de US$ 108 bilhões. No Canadá, os custos ficaram em US$ 863 milhões em dinheiro e um tempo equivalente a nove dias, estimado em US$ 4,9 bilhões. O custo em termos de tempo de vítimas gasto para resolver problemas relacionados ao cyber crime foi estimado em US$ 274 bilhões no ano passado em todo o mundo. 33% das vitimas do cybercrime afirmam que a perda de tempo é o pior mal que ele causa.

Dentre os 24 países pesquisados, a China (85%) e a África do Sul (84%) tem as maiores taxas de adultos vitimados pelo cybercrime no último ano, seguido de perto pelo México (83%). Cingapura, Índia e Brasil aparecem empatados no quarto lugar com 80%. O Japão foi o mais seguro dentre os países pesquisados, com apenas 38% dos adultos sendo vítimas do cybercrime.

Sem surpresas, há uma correlação entre uso pesado da internet e o cybercrime. 79% das pessoas que gastam entre 25-48 horas na semana já forma vítimas deste crime, enquanto dentre os que gastaram entre 1-24 horas o percentual foi de 64%. Globalmente, a chance de um usuário da internet ser vítima do cybercrime é de 1 em 2.27.

Surpreendentemente, as vítimas do cybercrime fazem poucas tentativas de levarem os criminosos para a justiça. Apenas 21% das vítimas deste tipo de delito registraram queixas na polícia, enquanto 59% acreditam haver menos formas de levar tais criminosos para a justiça. 89% dos entrevistados afirmaram que precisam ser tomadas maiores providências para levar os criminosos a justiça.

Denúncias de crimes da internet caíram na comparação anual em 2010, mas aumentaram substancialmente quando se analisa dados desde 2007, de acordo com estudo de março de 2011 do Internet Crime Complaint Center (IC3). Dados do trabalho  “2010 Internet Crime Report” indicam que o  IC3 recebeu  303.809 denúncias de crimes na internet via seus websites em 2010, uma queda de 10% com relação aos 336,665 de 2009. Entretanto, este valor é quase 47% maior que os 206,884 de 2007 e cerca de 10% maior que os 275,284 de 2008.

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Categoria: Pesquisas

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