Ipea divulga estudo sobre o e-commerce referente ao período entre 2003 e 2008

De acordo com um novo estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), o Brasil possui uma base com cerca de 11,97 milhões de pessoas que consomem algum bem pelo e-commerce, montante que representa 19% de todos os usuários de internet brasileiros. No entanto, o órgão alerta que deste total apenas 1% das vendas do varejo no Brasil são efetuadas on-line, e que apenas 0,4% das empresas têm presença virtual.

O estudo até poderia ser desanimador para o setor se não fosse baseado em dados referentes ao período entre 2003 e 2008. Vejamos o que diz a pesquisa mais recente apresentada pela consultoria e-bit, a 23^a edição do Relatório WebShoppers com base em números de 2010: Atualmente o Brasil possui um total de 23 milhões de consumidores, 11 milhões a mais do que o apontado pelo IPEA. Até o final do primeiro semestre de 2011 é esperado que este número salte para 27 milhões de consumidores, 4 milhões a mais do que os registrados no final de 2010. Ou seja, números anteriores a este podem servir para se ter uma dimensão da evolução do e-commerce no Brasil, entre outros indicativos, mas felizmente a realidade brasileira é outra.

O estudo ainda revela que naquela época 23% do total de consumidores on-line eram da região Sudeste, seguido pela região Sul, 20%, Norte, 19%, Centro-Oeste, 19%, e Nordeste, 12%. Além disso, 20% do total de usuários de internet que residem em áreas urbanas adquiriram ao menos um bem pelo e-commerce no período, enquanto que este percentual cai para 9% em áreas rurais.

Em relação ao gênero, o estudo mostra que os homens são a maioria neste tipo de comércio, com 22% deles efetuando ao menos uma transação, contra 17% do total de mulheres. No que diz respeito a faixa-etária, os consumidores com idades entre 35 e 44 anos são a maioria com 29% do total. Os grupos de consumidores com idades entre 25 e 34 anos e 45 e 49 anos apresentaram o mesmo percentual, com 26%, enquanto que os de 16 e 24 anos representam 18%.

As compras pela internet ficam mais comuns quanto mais alta a classe social: do total de pessoas da classe A que acessam a rede, 59% já adquiriram produtos on-line. Essa porcentagem cai para 33% para a classe B, 13% para a C e 5% para D e E.

O número de empresas que passaram a vender nesta modalidade de comércio passou de 1,3 mil registrados em 2003 para 4,8 mil no ano de 2008, aumento de 269% neste período. Já o faturamento saltou dos 2,4 bilhões de reais em 2003 para 5,9 bilhões de reais em 2008, o que representa um crescimento de 145%.