Web móvel no Brasil avança, mas possibilidades não são exploradas
O uso da internet móvel tem crescido de forma acelerada no Brasil, mas suas possibilidades ainda estão para ser exploradas. Esse é o cenário apresentado pelo relatório Mavam – Monitor Acision de VAS Móvel, que a Acision e a Teleco divulgaram esta terça-feira (1/12), em São Paulo.
Apurado pela agência de pesquisas Teleco, o relatório de 2009 da Acision teve como tema o marketing e a publicidade móveis e busca revelar as tendências em serviços de valor adicionado (VAS, na sigla em inglês).
Os serviços de valor agregado são alternativa para que as operadoras possam aumentar suas receitas, aponta o estudo. O Brasil fechou o 3.º trimestre de 2009 com 166 milhões de celulares, ou 87 celulares para cada grupo de 100 habitantes – índice próximo da saturação.
No período, a receita das operadoras brasileiras em serviços de valor adicionado chegou a 2 bilhões de reais. O valor corresponde a apenas 12,5% da receita bruta – nos EUA, em 2008, essa proporção foi de 22%.
SMS líder
O SMS é, de longe, o serviço mais utilizado: 50% da receita de valor adicionado vêm de SMS. A internet banda larga responde por 35% e, segundo o relatório, é o serviço que mais cresce.
Em média, 79% dos entrevistados nas três capitais usaram SMS nos últimos três meses. As mensagens multimídia, ou MMS, foram opção para 10%, enquanto e-mail e mensagens instantâneas foram utilizados por 4% e 3%, respectivamente.
No quesito entretenimento, 42% disseram ter ouvido música no celular, e 38% utilizaram jogos que vieram no aparelho. No entanto, apenas 6% baixaram música no celular, e só 3% baixaram jogos.
Smartphone
Quem tem smartphone é mais ativo do que os donos de aparelhos comuns no acesso à internet via celular, porém menos do que se poderia esperar: 15% dos que possuem smartphone disseram ter acessado a internet nos últimos três meses. Nos outros tipos de aparelho, esse uso foi de 4%.
Dos que usam smartphone, 3% usaram o aparelho para acessar redes sociais. Nos outros tipo de aparelho, esse índice é de 1%. Outro detalhe interessante é que apenas 1% dos usuários usou o celular para acessar banco e fazer pagamentos.
A pesquisa entrevistou usuários em regiões do Estado de São Paulo, incluindo a capital, e nas capitais Rio de Janeiro e Porto Alegre. As três cidades concentram 26% dos celulares do Brasil.
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