Moda: crescimento do setor mostra amadurecimento do e-commerce no Brasil

| 28/11/2013 - 08:45 AM | Comentários (1)

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Os usuários da internet costumam ser previsíveis, onde quer que estejam. De acordo com um estudo global da Forrester Research, primeiramente os consumidores usam a rede para conectar-se com outras pessoas e para entretenimento. O segundo passo é o engajamento com e-business, como serviços de banco e viagens. Só depois de experiências com sucesso nestas etapas, o internauta tende a comprar os primeiros produtos físicos.

Em geral, as primeiras transações são eletrônicos, celulares, computadores e livros. E por fim, atingem a fase de maturidade de e-consumidor e passam a comprar de tudo um pouco.

O Brasil dá sinais de amadurecimento em relação ao consumo de moda no e-commerce. Segundo o mesmo estudo da Forrester, o país já mostra solidez do consumidor online na terceira fase e, aos poucos, vai realizando as primeiras compras em categorias como beleza, moda, entre outras.

Nos países desenvolvidos, os consumidores online começaram a se arriscar a comprar produtos de moda, beleza, decoração cerca de cinco anos atrás, até chegar à análise de anúncios de carros e imóveis, registrando as primeiras etapas da negociação via web.  Por aqui não é diferente. No MercadoLivre, por exemplo, a categoria líder ainda é informática, mas o cenário está mudando: já são mais de 450 mil anúncios de calçados, roupas e bolsas. A categoria, que cresceu 24% em vendas em outubro em comparação com o mesmo mês de 2012, teve os acessórios como destaque entre os itens mais buscados e comprados dentro da plataforma.

O fenômeno não é novidade para quem acompanha o e-commerce globalmente. É natural que os usuários rompam barreiras aos poucos e experimentem comprar roupas, sapatos e acessórios. Quando são bem sucedidos, a grande maioria passa a adotar o comércio online em suas compras no dia-a-dia. É mais cômodo, mais prático, tem mais oferta e, em muitas vezes,  é mais barato do que o comércio de rua.

Os números comprovam esta tendência. Na última pesquisa realizada pelo MercadoLivre, identificou-se que a subcategoria de sapatos apresentou um aumento bastante expressivo, registrando um crescimento de 29% no período de janeiro a outubro de 2013 quando comparado ao mesmo período de 2012. Há até pouco tempo era imprevisível imaginar que seria tão fácil e simples comprar um calçado via web, mas hoje, com a quantidade de fotos em boa qualidade, informações detalhadas sobre cada produto e o aumento da variedade, os consumidores tendem a aproveitar as vantagens da internet. Na plataforma do MercadoLivre,  as vendas de sapatos femininos como botas, sandálias, scarpins, sapatilhas e sneakers representaram 55% das vendas. Sapatos masculinos somaram 40% com modelos de sapatênis, coturnos, chinelos e sapatos casuais. Para crianças, a variedade é de botas, sandálias, sapatilhas, chinelos e sapatos boneca, representando 5% das vendas.

Uma das grandes vantagens do comércio eletrônico para os aficionados por moda é o uso de meios de pagamentos que garantem a segurança nas compras. Se antes muita gente não confiava em colocar dados do cartão de crédito, por exemplo, hoje o uso de meios de pagamentos que possuam certificação de segurança é muito eficaz para proteger o consumidor.

Outro atrativo é a facilidade na entrega e na troca. A grande maioria dos sites de venda online tem como foco a qualidade na experiência do usuário, portanto cuidar para que o produto chegue em perfeito estado para o consumidor é uma das premissas para fidelizar este cliente.

Que o e-commerce no Brasil ainda tem muito a ser explorado todos sabem, principalmente no segmento de moda. O segredo do sucesso é diversificar e, acima de tudo, oferecer o melhor atendimento ao cliente.

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Categoria: Cases

Sobre Leandro Soares: Leandro Soares é graduado em engenharia elétrica pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas e mestre em Física com ênfase em nanotecnologia pela mesma instituição. Possui MBA em marketing e finanças pela The Wharton School, Universidade da Pensilvânia. Atualmente, o executivo é o diretor de marketplace do MercadoLivre, cargo que assumiu em setembro de 2012. Na empresa, ele é o responsável pela área comercial da plataforma de compra e venda de produtos. Anteriormente, Leandro trabalhou na Bain & Company como líder de projeto; Unibanco S.A., como gerente sênior de crédito e produtos; Mckinsey & Company, onde atuou como consultor. Acumula experiência em desenvolvimento de negócios com foco na internet e mobile, além de operações de varejo em serviços financeiros focadas em recuperação de crédito para pequenas e médias empresas. Isso inclui consultoria a alta gestão de grandes grupos nacionais e multinacionais em diversos setores, participando de projetos de definição de estratégia de crescimento, fusão e integração, avaliação de parcerias estratégicas e revisão comercial, implementação de operações de cobranças, gestão de carteira de empréstimos, criação de métricas para avaliar desempenho de comércio virtual e outros. Ver mais artigos deste autor.

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Comentário (1)

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  1. Udson disse:

    Gostei bastante da última frase, o segredo é “diversificar” acho interessante para testar carros-chefes, tendências e produtos de maior rotatividade.

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