Conheça Flávio Jansen, ex-CEO do Submarino

| 24/05/2010 - 16:27 PM | Comentários (0)

Quem observa superficialmente a trajetória profissional de Flávio Jansen pode achar que foi uma ascensão gradual e natural. Até poderia ser, se não fosse o fato de ele ter sido um dos primeiros CIOs a galgar o posto de presidente de uma empresa. Sem temer o desconhecido, Jansen se aventurou em áreas como financeiro e, assim, expandiu seus conhecimentos para além da tecnologia da informação. Sua formação ficou holística e sua carreira – marcada por momentos como a condução do IPO do Submarino e sua fusão com a Americanas.com enquanto era CEO – serve de inspiração a outros profissionais do mercado.

Carioca, ele cursou na capital fluminense o colégio e a faculdade (engenharia elétrica, com ênfase em eletrônica na PUC-RJ). “Naquela época, não havia uma carreira em computação, mas já pensava em trabalhar com redes e me voltei para isto.” Trabalhou no Rio de Janeiro por um par de anos e desembarcou, em 1991, em São Paulo para atuar em uma empresa que conectava TCP/IP a mainframes. Ali se familiarizou com o protocolo IP. “As duas cidades têm dinâmicas diferentes. SP é muito interessante.”

A curva na carreira de Jansen em direção aos negócios começou em 1996, quando ele aceitou o convite para ingressar na Mandic, que começava como provedora de internet, em uma função que acumulava a liderança de TI e de finanças. No comando de 30 pessoas e ainda se ambientando com o lado financeiro, Jansen tinha o desafio de acompanhar as novidades tecnológicas que pipocavam no mundo. “Muito de hoje nasceu entre 1997 e 1999. A BBS já era uma rede social, tinha de pegar aquilo e levar para internet”, lembra, citando ainda que a Mandic desenvolvia sites de comércio eletrônico. No entanto, ele ainda tinha de desenvolver competências como lidar com planejamento de negócios. “É muito diferente de, por exemplo, fazer um planejamento de rodovia, porque há muitas incertezas. Da internet, você tem ideia aonde ela vai chegar, mas você não sabe em quando tempo.”

A volta para tecnologia em tempo integral deveu-se à sua entrada no Submarino, em meados de 1999. Mesmo assim, nada que o afastasse das decisões de negócio, principalmente porque o site estava começando e ele estava participando da fundação. O desafio de estruturar um portal de comércio eletrônico ficou ainda mais complexo pelo momento. Pouco depois, a bolha da internet estourou, abalando todo o mercado. “Na bolha, valorizaram-se todas as empresas e, assim, o risco foi subestimado”, explica.

No fim de 2002, Jansen assumiu a presidência do Submarino e viveu em 2003, segundo ele, um ano muito legal, apesar da situação econômica do Brasil. “Acertamos a mão em tudo, mesmo porque nós precisávamos acertar. O dinheiro acabou antes de alcançarmos o equilíbrio e não conseguíamos captar capital, porque ninguém acreditava na internet.” Sem poder errar, Jansen tinha de vender mais e com margem maior. Ao seu lado, relembra, havia uma equipe jovial e que tinha acompanhado o Submarino. “Crescemos 60% em 2003, conseguimos equilibrar as receitas e ter Ebitda positivo.”

Os outros anos se sucederam de forma mais fácil e com seguidos aumentos de faturamento, até ser inevitável a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). Depois disto, Jansen conduziu a fusão com a Americanas.com, levada a cabo no fim de 2006 e que deu origem à B2W. “Ninguém prepara a empresa para a fusão, mas vimos que seria uma oportunidade de ganhar corpo e achamos que faria sentido”, conta o executivo, que permaneceu na companhia até setembro de 2007 para acompanhar a integração.

Ao deixar o Submarino, Jansen tirou um período sabático. Além de viajar com a esposa e filhos para a Europa, prestou consultoria para a Mandic e ingressou no conselho da Locaweb. “Não queria uma carreira executiva, por isto não fiquei na B2W”, pontua o profissional que também integrou o conselho da Quero-Quero no momento em que a empresa deixava de ser familiar e foi comprada. Sem voltar a carreira para o executivo, Jansen acumulou a posição de conselheiro em diversas empresas – em uma das mais recentes, a Brandsclub, atua como coaching. “Vi que era um negócio que eu gostaria de participar, porque era um modelo diferente e que não existia no Brasil.”

Fazendo um balanço de sua trajetória, Jansen revela o gosto por situações novas. “Sempre aprendi muito rápido. Área nova é a minha cara.” Aos 43 anos e pai de três filhos (uma menina de sete, outra de cinco e um menino de três), ele está contente com o rumo que a carreira tomou. “Ser conselheiro tem sido uma experiência bem interessante, me ensinado a ter paciência, a ver que as coisas vão acontecer e a tomar decisões de longo prazo”, pondera.

Fonte: itweb

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Categoria: Artigos, Cases

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