Amazon.com e Microsoft devem fazer concorrência no mercado de Cloud Computing
Os serviços baseados em cloud computing oferecidos pela Microsoft por meio do Windows Azure, de plataforma como serviço, e pela Amazon por meio do EC2, um modelo de infraestrutura como serviço, são diferentes e focados em necessidades tecnológicas distintas. Mas chegará um momento em que as duas companhias vão concorrer pelo mesmo mercado. E a previsão vem do responsável por computação em nuvem da Microsoft, Tim O’Brien.
A movimentação nesse sentido já começou. De acordo com O´Brien, a Microsoft deverá ter uma a oferta de IaaS (infraestrutura como serviço) em algum momento nos próximos 12 meses. “Hoje não há uma oferta melhor do que a outra, elas atingem objetivos distintos dentro das corporações. Mas queremos expandir nossas ofertas, para lidar com migrações e completar o portfólio de produtos”, explica.
O’Brien aproveitou para destacar as vantagens desses modelos de nuvens públicas ante as privadas no que diz respeito à economia de recursos e apontou que o custo total pode chegar a menos da metade. Ele afirmou também que a meta da Microsoft nesse mercado é oferecer as mesmas funcionalidades que os usuários poderiam esperar da infraestrutura dentro de casa. “Se a empresa cria aplicativos para o Windows Server, ela deve ter a mesma possibilidade de criar aplicativos para Windows Azure”, completa.
Diferenças tecnológicas
O Windows Azure é uma plataforma que dá aos desenvolvedores as ferramentas que eles necessitam para construir e implementar aplicações Web, enquanto a Amazon oferece a infraestrutura primária, com acesso sob demanda a instâncias de máquinas virtuais personalizáveis.
Na prática, isso significa que quem contrata a Amazon pode trabalhar com modelos múltiplos de programação, mas precisa manter o cerco fechado sobre suas soluções: por trabalhar com máquinas virtuais, será necessário agir em cada atualização e instalar cada patch de correção que surgir.
O Windows Azure oferece um gerenciamento mais fácil e simplifica a construção de aplicações web, mas não é tão aberto com relação aos modelos de programação aceitos e torna difícil a migração do data center interno para a nuvem. Segundo Brien, por esses motivos as duas companhias vão ingressar no campo uma da outra, aumentando a concorrência entre as companhias.