Amazon é processada por pagar hora extra a menos
Um ex-funcionário da Amazon.com processou a varejista online, alegando que a empresa paga hora extra a menos para até 21 mil funcionários de seus galpões em todos os Estados Unidos.
Na ação ele afirma que a prática da Amazon de arredondar os horários de entrada e saída de seus funcionários para o quarto de hora mais próximo pode custar aos trabalhadores até 15 minutos de pagamento por hora extra todo dia.
Os funcionários atingidos pela medida estariam “encarregados de atividades não empreendidas para sua própria conveniência (e) necessárias para a execução de suas responsabilidades”, disse o funcionário no processo.
A Amazon não retornou contato para comentar o caso.
A ação foi aberta em 25 de novembro no tribunal federal de Seattle, onde fica a sede da Amazon, a poucos dias da temporada de vendas de Natal. O autor da ação quer recuperar as horas extras não-pagas com juros.
“No mundo de computadorizado de hoje, onde não é mais preciso bater cartão, não há por que arredondar sobre o diferencial”, disse Mark Thierman, advogado de Reno, no Estado de Nevada. “Milhões de dólares podem não ter sido pagos”, afirmou.
O autor do processo, Richard Austin, trabalhou em um centro de distribuição da Amazon em Fernley, Nevada, por cerca de um ano, até agosto passado.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, é inaceitável empresas arredondarem o início e o fim dos turnos de seus funcionários se isso não resultar na “indenização apropriada pelo tempo que eles realmente trabalharam”.