Zynga pode adiar IPO devido à instabilidade dos mercados internacionais

Em julho deste ano, a Zynga levantou 1 bilhão de dólares da Morgan Stanley, Goldman Sachs e outros bancos, de acordo com novo arquivamento enviado na semana passada para reguladores da comissão de valores mobiliários dos EUA.

Este movimento poderá dar a empresa de San Francisco – que produziu “FarmVille”, “City Ville” e outros jogos populares para o Facebook – um colchão de liquidez para seguir com suas operações, já que as turbulências nos mercados financeiros poderiam motivar um adiamento no seu pedido de IPO.

A Zynga não indicou se a recentes crises nos mercados financeiros globais poderão vir a afetar o seu pedido de IPO.

O novo arquivamento da Zynga, um documento S-1 alterado de sua oferta pública inicial, também revelou o quanto havia sido valorizada a empresa antes dos distúrbios financeiros das últimas semanas. Em março, a Zynga havia comunicado que um “laudo de avaliação realizado por terceiros” afirmou que a empresa tinha valor de mercado de US$ 11,98 bilhões. Um laudo anterior, realizado em fevereiro por outra empresa, havia indicado um valor de US$ 4,98bilhões, menos da metade de sua última avaliação.

A Zynga não revelou quais terceiros realizaram os laudos, mas afirmou que transações anteriores de participações empresa foram a indicação primária do valor da companhia. Especialistas no assunto afirmam que a Zynga havia planejado buscar uma valorização entre U$S 15-20 bilhões quando entrou com seu pedido de IPO em julho.

A empresa não deu novas informações se as turbulências no mercado financeiro, que forçou diversas empresas a adiarem seus IPO´s, terão algum impacto para a Zynga. Um porta-voz da companhia se negou a comentar este assunto. A empresa entregou seus documentos para o arquivamento de seu pedido de IPO em julho.

A Zynga também afirmou que um erro de contabilidade apresentado no primeiro trimestre deste ano levou a um aumento de US$ 7,5 milhões nas receitas do período e uma redução do mesmo valor na receita diferida. A empresa afirmou que a falha foi resultado de uma má utilização da norma contábil que estima o tempo em que as pessoas utilizam seus jogos. Ela afirmou já ter resolvido este problema.

Ficou ausente no último documento enviado qualquer referência a um notável acionista da empresa, a DST Global Ltd., firma de investimentos russa chefia por Yuri Milner, que detinham 5,8% das ações classe B da Zynga, segundo o arquivamento apresentado anteriormente. Um porta-voz da DST afirmou que suas ações foram divididas entre DST e mail.ru após as duas terem se separado, e que agora a sua participação é menor do que os 5% necessários para que um acionista tenha seu nome divulgado publicamente. Ele também afirmou que nenhuma das duas empresas vendeu suas participações na Zynga.