Corretora reduz preço-alvo das ações da B2W
A corretora Socopa revisou a projeção para as ações ordinárias da varejista B2W e reduziu o preço-teórico para os papéis de R$ 54,00 para R$ 40,50, com recomendação neutra. O valor implica em valorização de 22,7% ante o preço do último pregão.
Segundo a instituição, as alterações levam em consideração a incorporação dos últimos resultados da companhia e a mudança nas expectativas de crescimento, em virtude do acirramento da concorrência no setor de comércio online.
“Em nossa revisão, passamos a adotar premissas mais conservadoras tanto em termos de crescimento de receita, quanto em relação às margens operacionais, especialmente após os últimos resultados trimestrais divulgados pela empresa, que vieram abaixo das nossas expectativas.
O aumento da concorrência é o fator principal da piora no cenário para a B2W e a razão da forte correção sofrida pelas ações neste ano”, apontou a Socopa, em relatório enviado ao mercado.
A corretora assinala que a entrada de grandes players do varejo tradicional no segmento de e-commerce e os recentes movimentos de consolidação do setor acarretaram na perda de participação de mercado por parte da B2W e na conseqüente retração das margens.
“Entendemos que esse novo cenário competitivo deve se acirrar ainda mais no longo prazo, em função de suas taxas de crescimento atrativas e da boa rentabilidade do setor”, observou.
A B2W encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 4,2 milhões, quase a metade do registrado no mesmo período do ano passado.
Dona das marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime, Blockbuster Online, Ingresso.com, Submarino Finance e B2W Viagens, a companhia teve receita líquida de R$ 1,3 bilhão nos primeiros três meses do ano, com alta de 16% na comparação anual.
Os ajustes decorrentes da substituição tributária (novo regime fiscal de ICMS no Estado de São Paulo, que entrou em vigor no segundo trimestre de 2009) geraram consequências negativas nos resultados relacionados à receita líquida.
A Socopa espera que os resultados da empresa comecem a mostrar sinais de melhora a partir do segundo semestre, em função da base de comparação mais favorável.
“Apesar do cenário mais difícil para a empresa, ressaltamos nosso otimismo em relação ao setor de comércio online, que ainda deve crescer a taxas bastante atrativas nos próximos anos. No entanto, devemos ficar atentos a eventuais movimentos da B2W para conseguir capturar essa boa perspectiva para o setor e, conseqüentemente, melhorar seu desempenho operacional”, pontuou a corretora.
