Menores são vítimas de criminosos no Facebook, diz estudo

Cerca de 7,5  dentre 20 milhões de menores que usavam o Facebook  tinham menos de 13 anos, sendo que 1 milhão destes chegou a ser intimado, perseguido ou alertado pelo site, afirma estudo divulgado nesta terça feira. Informou o Wall Street Journal.

Ainda mais perturbador é o fato de 5 milhões destes usuários terem menos de 10 anos de idade, recebendo a autorização para entrar na rede social em grande parte sem o consentimento dos pais, deixando-os vulneráveis a ameaças como malwares e pedófilos.

Os termos de serviço do Facebook exigem que o usuário tenha ao menos 13 anos, mas muitas crianças quebraram esta regra dando datas de nascimento falsas para se inscrever na rede social.

Os pais de crianças de 10 anos ou menos que utilizam o site parecem pouco se preocupar com o uso da rede pelos filhos, possivelmente por acharem que uma criança é menos suscetível aos riscos inerentes a internet, afirma o estudo.

Acreditam que, já que estas crianças não podem baixar pornografia na intenret, “não precisam de proteção para outros perigos que podem surgir, como links que infectam seus computadores com malwares ou convites de estranhos”, diz o estudo.

Mais de cinco milhões de residências nos EUA foram expostas ano passado a “algum tipo de abuso” via Facebook, o que incluem infecções por vírus, roubos de identidade e bullying, afirma o estudo, que entrevistou 2.089 famílias americanas no inicio deste ano.

O Consumer Reports, realizador do estudo, pediu aos pais para que excluíssem as contas do Facebook de seus filhos, ou para que a própria rede social o faça, monitorando estes adolescentes através de suas atividades no site.

Também pede para que o Facebook “reforce sua seleção para reduzir drasticamente o número de seus membros menores de idade. O porta-voz do Facebook, Andrew Noyes, afirmou em um comunicado enviado a rede de noticias AFP que o site incentiva “a comunicação entre pais e filhos sobre o bom uso da internet”.

“Assim como os pais estão sempre ensinando e lembrando as crianças de como atravessa a rua, por exemplo,  falar sobre a segurança na Internet é também uma lição em que eles devem orientar os filhos”, disse Noyes.

Mas ele também destacou “o quão difícil é a implementação de restrições de idade na Internet” e disse que “não há uma solução única para garantir que crianças mais novas não burlem o sistema ou mintam sobre sua idade.”