Facebook está ignorando relatos de pedofilia online, diz policial
Mais de 200 reclamações referentes a casos suspeitos de pedofilia e incidentes de cyberbullying foram registrados na rede social Facebook pela polícia inglesa nos três primeiros meses de 2010. O número é quatro vezes maior do que o total de reclamações recebidas sobre a rede social em 2009.
O policial sênior e chefe do Centro de Exploração Infantil e Proteção Online (CEOP), Jim Gamble, atacou a rede social dizendo que ela falhou em relatar à polícia casos suspeitos de pedofilia.
“Nenhuma dessas reclamações veio direto do Facebook”, afirmou Gamble. “Se o sistema deles é tão forte e estão recebendo tantas reclamações e preocupações de pessoas jovens, onde estão eles?”
Gamble também disse ter “preocupações reais” sobre a resistência do Facebook em instalar um “botão do pânico”.
A rede social Bebo, rival do Facebook, já oferece um botão para relatar casos do tipo em todos os perfis do site. Ao clicar nele, os usuários recebem avisos e suporte de dez entidades, entre elas o CEOP.
No mês passado, o diretor do Facebook, Richard Allan, afirmou que o botão pode ser efetivo no começo, mas funcionaria apenas para “outros sites” e não para o Facebook.
“Será que o Facebook é tão arrogante que não se importa sobre o que a comunidade de proteção às crianças pensa?”, questiona Gamble.
O policial disse que a comunidade pode ser especialista em termos de comércio, mas não os vê como especialistas em proteção de crianças. “O que o Facebook não entende é a prevenção. Eles precisam tomar uma decisão. Será que eles querem que o site seja uma escolha para criminosos?”
Gamble afirmou que se reunirá com representantes da rede social nos Estados Unidos na próxima semana e planeja “pedir que eles tomem a decisão certa para proteção de crianças”.