Para Google, publicidade móvel pode ser tão valiosa quanto a exibida em PCs
Nos últimos dois anos, o Google observou o tráfego de buscas móveis crescer cinco vezes, de acordo com Gundotra. Essas buscas não estão tirando o lugar das pesquisas em computadores. Na avaliação do executivo, trata-se de pesquisas novas, que as pessoas fazem em situações em que não estão diante dos desktops – quando deixam o escritório e vão almoçar, por exemplo.
Além das buscas, o Google planeja aperfeiçoar todos os seus demais serviços para usuários de internet móvel. No momento, Gundotra diz que existem 50 milhões de usuários ativos do Google Maps em celulares e outros dispositivos móveis.
Publicidade móvel
O portal espera que os investimentos em publicidade em smartphones acompanhem a expansão do uso dos serviços de mobilidade. Atualmente, 25% dos usuários de Android e iPhone que baixam aplicativos utilizam esses dispositivos duas horas por dia, de acordo com Gundotra. Isso representa uma oportunidade para o Google oferecer publicidade. A empresa está testando um serviço de anúncios móveis com softwares, incluindo o localizador de restaurantes Urbanspoon e o Shazam, que permite que usuários comprem e conversem sobre música.
A empresa tenta também finalizar a comprar da AdMob, uma companhia de publicidade em aplicativos, mas o acordo está em fase de análise pela Comissão de Comércio Federal dos Estados Unidos. Em função disso, Gundotra disse que não pode comentar sobre planos relacionados a esse negócio.
Independentemente de onde o anúncio for veiculado, o Google avalia que a publicidade móvel possa se tornar tão ou mais valiosa que a propaganda exibida em desktops. “Com o avanço da tecnologia, com a possibilidade de recursos de localização, acreditamos que exista uma chance da propaganda móvel ultrapassar os desktops no futuro”, Gundotra.
O Google também espera que o número de buscas originadas via telefones represente uma porção maior do total de pesquisas.
China.
Quando perguntado sobre as recentes ameaças de deixar a China devido a possíveis problemas que as vendas de aparelhos com o Android podem sofrer no país com a censura local, o executivo não revelou mais do que a empresa disse até agora. Como o Android possui o código aberto e qualquer fabricante de dispositivos móveis pode usá-lo, “a China é outro grande mercado para o sistema”, disse o Chief Financial Officer do Google (CFO), Patrick Pichette.
Eles também não quiseram dar mais informações sobre o papel que o Google deve ter na recente ação da Apple contra a HTC. “Não fazemos parte do processo contra a HTC, mas ficamos do lado dos nossos parceiros do Android”, disse o vice presidente de produção do Android, Mario Queiroz.