E-Marketplace: como potencializar as vendas neste canal?
Da mesma forma que os shopping centers mudaram a maneira com que as pessoas concebiam o ato de comprar, os e-marketplaces estão modificando a forma como o ser humano pesquisa e compra produtos na Internet. Atualmente, ao invés de entrar em diversos sites, pesquisando preços e marcas, a visita a um único portal, que compila as mais variadas lojas virtuais, parece ser o caminho natural para o consumidor moderno.
Em teoria, o conceito de e-marketplace agrada a todas partes. Na prática, há uma série de medidas que as lojas virtuais precisam tomar com o intuito de vencer a forte concorrência inerente a este ambiente. Segundo Alessandro Gil, CMO da Rakuten Brasil, um dos principais shoppings online em operação no país, “os varejistas devem encarar o marketplace com a mesma seriedade que encaram o Google ou um comparador. O marketplace é um canal de vendas com muito potencial se for explorado da maneira certa”.
Sendo assim, adaptar-se a este meio é uma necessidade para não ser engolido pelos concorrentes. E isso inclui evitar erros comuns que eles vêm cometendo. Alessandro elenca três falhas que se constituem em deslizes comuns por grande parte dos empreendedores: descrições incompletas dos produtos, fotos de péssima qualidade e design mal trabalhado. Todos concernem à forma como a empresa e aquilo que ela oferece são vistos na web. “Temos que lembrar que o mundo virtual é igual ao mundo real. Ao entrarmos em um shopping de ‘cimento e tijolos’ o que nos leva a entrar em uma loja, muitas vezes, é a vitrine”, comenta Alessandro.
Como ser visto em meio a tantos iguais
Os marketplaces se caracterizam por ser um espaço em que muitos vendedores expõem seus produtos. Logo, a comercialização de artigos iguais ou parecidos é uma constante, gerando uma concorrência árdua por mais vendas. Para Alessandro, a medida para se destacar neste ambiente, em meio a tantas lojas, é proporcionar uma boa experiência para o consumidor. O CMO também revela um mix de atitudes que corroboram para atingir essa meta: “existem inúmeras maneiras de se destacar no marketplace além da viciosa guerra de preços. Boas fotos, descrições ricas em detalhes, avaliações (positivas ou não) de outros consumidores, boas condições de frete e parcelamento são algumas delas”.
Os reviews dos produtos, assim como a avaliação da própria loja que está disponibilizando o item, também contam muitos pontos na hora de conquistar um cliente que está sendo disputado por várias empresas de um mesmo ramo. Segundo Alessandro, “na prática, um consumidor vai ver ‘na prateleira’ uma série de produtos, alguns até idênticos, porém o diferencial pode estar no vendedor ‘mais atencioso’, ‘que explicou melhor sobre seus produtos’ e ‘pareceu mais confiável’ o que faz o preço se tornar, em muitos casos, secundário”. Trabalhar ao máximo a apresentação dos diferenciais que ele oferece, com informações ricas e completas, segundo o diretor de marketing, é uma das maneiras mais eficazes de mostrar ao consumidor que o seu item não é mais um em meio a um catálogo abarrotado de artigos similares. A análise dos consumidores também é uma informação muito útil, entretanto, o CMO destaca que esse ponto muitas vezes é esquecido pelo lojista. “A avaliação do consumidor na hora de comprar é muito mais complexa do que imaginamos, afinal, o comentário faz um papel informativo que irá facilitar a compra por parte de outros consumidores”, completa.
Outro aspecto pouco explorado pelos varejistas, e que pode fazer toda a diferença nesse canal, segundo o executivo, é planejar campanhas em sintonia com as estratégias do e-marketplace no qual a loja está inserida. “É importantíssimo trabalhar em conjunto com o próprio marketplace na participação de campanhas, disponibilizando bons produtos que consequentemente trarão tráfego para a loja e, com isso, ótimas chances para o lojista mostrar seus diferenciais em relação aos concorrentes”, conclui Alessandro.
Categoria: Pesquisas