Ser o próprio chefe tem despertado cada vez mais interesse nos profissionais
Comandar o próprio trabalho e ter liberdade para trabalhar como e onde quiser, desperta o interesse de muitos profissionais, mas é preciso saber que essa decisão tem prós e contras. Para trabalhar em casa ou em qualquer outro lugar que você escolher, a hora que quiser e sem chefe, é necessário muita disciplina e responsabilidade. Ficar ao “Deus dará” não funciona.
Uma maneira de se tornar o próprio chefe é realizar trabalhos como freelancer, um profissional que trabalha de acordo com o seu ritmo, presta serviços temporários, não tem vínculo trabalhista com empresas e geralmente trabalha em casa.
Jovens profissionais se veem tentados a entrar neste meio pela grande flexibilidade de horário de trabalho e pela possibilidade de poder realizar seus trabalhos sem a pressão de um chefe. O que é sempre bom lembrar, é que assim como toda carreira profissional, o trabalho freelance também tem seu lado bom e outro não tão bom assim.
Um freelancer, por exemplo, não tem férias remuneradas, não recebe 13º salário e nem FGTS, por outro lado, pode escolher o local onde montará sua mesinha de trabalho e o horário que fará isso, o que para muitos compensa os contras da carreira freelance.
Luiz Alfredo Mattioli é um desses profissionais que acreditam que a flexibilidade de horário compensa a instabilidade de ser freela, “Eu posso trabalhar em casa, no meu escritório, na casa da namorada ou na praia. Apesar de passar boa parte do meu dia trabalhando, a flexibilidade de horários é sem dúvida o que mais me agrada, posso fazer musculação às 11 horas da manhã e andar de bicicleta, ou correr no parque, às 16h, e mesmo assim estar com meu trabalho em dia.” Mattioli é web designer freelancer e sócio fundador do site New Boss –www.newboss.com.br – rede social direcionada aos profissionais autônomos, freelancers e empresas que querem contratar ou oferecer serviços sem custo algum.
Em 2012 o número de empresas que contrataram esses profissionais passou de 850 mil para 1,3 milhão, a nível mundial. No Brasil, neste mesmo ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 4,1 milhões de pessoas trabalhavam em casa como freelancer.
É visível que esses números estão aumentando diariamente, o desejo de não receber ordens e poder controlar o próprio tempo é altamente atrativo. “A ideia de trabalhos freelance é algo que eu e meu sócio, Joaquim Santos Neto, acreditamos que está cada vez mais em alta e o mundo todo está à beira de uma revolução do trabalho, onde as pessoas passam a ter mais consciência em suas vidas e consequentemente mais responsabilidade. Isso, em muitos casos, leva a pessoa a trilhar seu próprio caminho profissional sem ser ‘propriedade’ de alguém ou empresa”, declara Mattioli.
Apesar dos prós desta carreira, é normal o profissional se encontrar em períodos com menos jobs, por isso é essencial a criação de uma poupança para emergências, evitando assim bolsos vazios. Então, planejamento e organização também são fundamentais para quem deseja se aventurar neste meio.
Não ter chefe não significa trabalhar sem compromisso, deve-se considerar o cliente como um suposto chefe, alguém para quem você dará explicações caso o prazo não seja cumprido ou ocorra algo errado no processo. Para Mattioli é fundamental ser rigoroso consigo mesmo, tantos nos horários, quanto nas decisões em relação aos projetos e respostas para clientes, orçamentos e alterações solicitadas.
Se a produtividade e o resultado final forem os esperados, a confiança gerada será altíssima, podendo assim motivar futuros jobs com esse mesmo cliente e ser indicado para outros trabalhos.
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