Por ora, Kindle está seguro na guerra dos leitores eletrônicos
O domínio de que o Kindle, da Amazon.com, desfruta no mercado enfrentará seu primeiro teste nesta temporada de festas, mas especialistas setoriais afirmam que apenas um verdadeiro salto tecnológico representaria ameaça.
A Barnes & Noble deve revelar um leitor eletrônico com sua marca na terça-feira, um modelo híbrido que incorporará tela de leitura semelhante ao display branco e cinzento do Kindle, acompanhada por uma segunda tela de toque que facilita a navegação.
A principal vantagem para a rede de livrarias seria a sua cadeia de lojas físicas nas quais os usuários poderiam testar o aparelho. Uma desvantagem pode ser o preço, ainda não revelado, que alguns dizem pode ser maior que os 259 dólares do Kindle, depois do recente corte.
A Barnes & Noble não confirmou seus planos para um leitor eletrônico.
Mas o mercado –que se pode dizer construído pela Apple– está ficando lotado, com leitores eletrônicos em preparação por uma empresa criada pela Philips, a iRex Technologies, pela Asustek, de Taiwan, pela Plastic Logic e por uma joint venture chamada First Paper, bancada pelo grupo Hearst. Elas dividiriam o espaço com o “Cool-er,” da Interead, com o Cybook OPUS, da Bookeen, e outros.
“Basta que uma pessoa prove que o modelo de negócios é viável e outras logo entram no mercado,” disse Mukul Krishna, diretor mundial de mídia digital na consultoria Frost & Sullivan, acrescentando que o melhor momento de entrar no mercado é antes das festas.
“Foi o que a Amazon fez com o Kindle. Eles capturaram a imaginação de todos,” disse Krishna.
O entusiasmo quanto aos leitores eletrônicos chegou a um pico no mês passado, quando a Amazon lançou o Kindle internacionalmente, e as maiores editoras e empresas de Internet do mundo começaram a se mobilizar.
O Google revelou planos para uma loja online de livros, enquanto Rupert Murdoch, da News Corp., visitava o Japão e a Coreia do Sul para avaliar a tecnologia dos leitores eletrônicos. Mas a Amazon deve manter a vantagem propiciada por ter chegado primeiro ao mercado.