Como tornar o comércio eletrônico global, sem perder o foco local

| 29/02/2012 - 09:01 AM | Comentários (0)

Durante os últimos 18 meses, o setor de comércio eletrônico registrou um grande crescimento, e apesar das difíceis condições das lojas de rua, as vendas online continuam em alta. De acordo com uma pesquisa da Forrester, o varejo online em 17 dos maiores mercados da União Europeia irá chegar a €114 bilhões até 2014, e 190 milhões de europeus farão compras pela internet até 2014 – o que representa uma alta em relação aos atuais 141 milhões. O combustível deste crescente mercado é a penetração mundial da banda larga, as experiências de compra online cada vez mais sofisticadas e a enorme popularidade dos smartphones, além de outros dispositivos conectados à web.

Para os comerciantes locais e internacionais, dispositivos de web e smartphones transformaram os negócios de comunicação, criando um canal 24/7 para os consumidores ao redor do mundo e abastecendo-o com informações sobre padrões de compras. Os consumidores de hoje se envolvem com uma ampla variedade de canais antes de decidir o que comprar e onde fazê-lo. Um estudo recente da Shop.org, juntamente com a Score e a Social Shopping Labs, ressaltou essa tendência, mostrando que 47% dos consumidores conferem seus celulares para análises de produtos enquanto compram em lojas de argamassa e tijolos.

O limite entre o mundo online e offline continua desfocado, e consequentemente as margens internacionais de varejo vêm se tornando menos definidas. Neste novo ambiente de compras, podemos registrar quatro principais tendências que comerciantes internacionais devem prestar muita atenção:

Comunidades comerciais sem fronteiras

Uma pesquisa da Rakuten no final de 2011 revelou o interesse internacional de multinacionais e mercados estrangeiros em realizar compras online. Os resultados mostram que o Brasil liderou as despesas em compras online, registrando 81% dos consumidores interessados em comprar em diferentes mercados eletrônicos, seguido pela Indonésia (77%), Tailândia (74%), China (69%) e Espanha (66%). Para a comunidade do marketing internacional, há uma grande oportunidade de impulsionar o crescimento em novos mercados. Modelos de marketing e mercados online oferecem aos comerciantes a chance de atingir uma audiência global de compras. Em 2012, os modelos de mercado internacional irão proporcionar aos vendedores do mundo todo, a oportunidade de expandir suas operações internacionalmente, sem o custo elevado tradicionalmente associado ao estabelecimento de modelos de entrega local e negócios em novos mercados, incluindo instalações de armazenamento. Vendedores poderão se envolver em comunidades de compras internacionais e se dedicar aos recursos com base na demanda real do mundo. Isso abrirá oportunidades em mercados em expansão como China, Índia e Brasil.

Compras mais ágeis

Em 2011, a web permitiu que dispositivos móveis transformassem o e-commerce, facilitando as compras para o consumidor como nunca havia ocorrido antes, e criando novas formas inovadoras de envolvê-lo. No entanto, hoje em dia, o uso de dispositivos móveis está cada vez maior e os que não se adaptarem a este universo correm risco de ficar para trás. Nos próximos 18 meses, esperamos registrar uma onda de inovações no mercado de pagamentos online, o que irá aumentar a confiança do consumidor na hora de comprar pela internet.

O próximo requisito, no qual comerciantes devem prestar mais atenção é o comércio por meio de tablets. A rica funcionalidade do tablet transforma as costumeiras barganhas online numa verdadeira loja virtual. Tablets oferecem uma experiência web mais tátil e, para capitalizar esta oportunidade, comerciantes devem otimizar o conteúdo da web para todas as plataformas e torná-lo acessível em todos os mercados, bem como assegurar que sua oferta de web móvel seja uma experiência rica de mídia.

Seja mais sociável

Obter uma segunda opinião antes de realizar uma compra não é nenhuma novidade, mas agora, em vez de ir às compras com um amigo, você pode levar toda sua rede de internet com você. Comerciantes devem cativar cada vez mais seus “fãs”, pois estes serão um dos responsáveis pela evolução do e-commerce em 2012. Dados divulgados em julho pela Experian Hitwise indicam que um fã no Facebook é igual a 20 visitas adicionais num site de varejo no curso de um ano. Portanto, marcas estão utilizando cada vez mais ferramentas sociais, não apenas para obter reconhecimento, mas também o desenvolvimento de produtos e serviços ao cliente.

Participe

A velha máxima “informação é poder” assume um novo impulso em 2012, uma vez que comerciantes buscam aproveitar a falta de atenção momentânea dos experientes internautas que compram informação. Já se foram os dias em que varejistas controlavam o comportamento do consumidor somente com base nos pontos de fidelização. Os mercados online de hoje podem adquirir grandes volumes de dados sobre clientes potenciais e existentes somente com base nos hábitos de navegação do usuário. Em 2012, uma troca de dados entre marcas e redes de internet nacionais irá começar a fornecer modelos sólidos de negócio para plataformas sociais, bem como oferecer novas visões sobre a psique do consumidor. O que mais importa aos varejistas, no entanto, é a forma como seus times de marketing transformam esse tipo de dados em comunicação relevante e oportuna para os clientes. A geração web já está cansada do excesso de publicidade para atrair consumidores e, por causa disso, comerciantes devem saber como aproveitar os dados específicos do usuário para fornecer informações personalizadas e relevantes em tempo hábil.

No ano passado, nem chegamos perto do que é possível com o varejo online. Estamos à beira de criar alguma experiência. No ano que vem, novos dispositivos móveis, penetração móvel e banda larga em todo o mundo, sem esquecer dos inovadores serviços sociais de compra, abrirão mercados mundiais, proporcionando vastas oportunidades de crescimento aos grandes e pequenos comerciantes, além de um incomparável poder de escolha ao consumidor.

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Categoria: Cases

Sobre Alessandro Gil: Alessandro Gil é CEO da Rakuten Marketing Brasil. Executivo com mais de 14 anos de experiência em Marketing, especialmente em Empresas de TI e varejo, foi professor do curso de Publicidade e Propaganda da PUC de Campinas, além de ministrar aulas de assuntos relacionados a comércio eletrônico em diversas universidades e escolas de negócio. Foi Diretor de Marketing da Ikeda, até a aquisição da empresa pela Rakuten, quando se tornou CMO da Rakuten Brasil. Ver mais artigos deste autor.

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