Estrangeiros devem gastar R$ 1,5 bilhão em sites de e-commerce no Brasil em 2013
Até o final deste ano, os consumidores estrangeiros devem gastar R$1,5 bilhão em sites de e-commerce no Brasil, montante que deverá atingir R$ 4 bilhões até 2018, segundo uma estimativa divulgada pelo PayPal, especializado em pagamentos on-line.
Os maiores compradores de lojas on-line brasileiras são os estadunidenses, cujo os gastos chegarão a R$ 849 milhões até o final do ano, seguidos dos britânicos, com R$ 115 milhões, dos alemães, com mais de R$ 88 milhões, dos australianos, com cerca de R$ 9,5 milhões e dos chineses, com R$ 400 milhões. “O estudo mostra o alto potencial de compra do brasileiro e, em paralelo, demonstra que este mercado traz inúmeras oportunidades a diversos segmentos do comércio brasileiro, que buscam expandir seus negócios para além das fronteiras nacionais”, reforça Mario Mello, diretor geral do PayPal para a América Latina.
Em contrapartida, os gastos de brasileiros no exterior devem chegar a R$2,6 bilhões este ano, quase o dobro do montante (R$1,5 bilhão) gasto por estrangeiros no País. A maior parte dessa soma vai para os Estados unidos, cerca de R$ 1,3 bilhão.
O estudo, que avaliou os gastos com compras no comércio eletrônico estrangeiro e o comportamento do consumidor nos mercados dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, China e Brasil, mapeou as principais perspectivas do e-commerce global e algumas tendências e oportunidades deste mercado de exportação on-line, como:
• Até o final deste ano serão mais de 94 milhões de pessoas realizando compras online transnacionais. Ao todo, serão faturados US$105 bilhões;
• Até 2018, haverá um aumento de quase 200% no volume transacionado, totalizando US$307 bilhões em faturamento com 130 milhões de consumidores. Apenas no Brasil, este aumento será de 546%, totalizando o montante de quase R$ 17 bilhões;
• Os destinos internacionais do e-commerce mais populares são: Estados Unidos (45%), Reino Unido (37%), China continental (26%), Hong Kong (25%), Canadá (18%), Austrália (16%) e Alemanha (14%). Já os brasileiros optam primeiro pelos Estados Unidos (79%), seguido pela China (48%), Hong Kong (17%) e Reino Unido (17%);
• As principais categorias de compras para os compradores transnacionais nestes seis mercados são: vestuário, calçados e acessórios (US$12,5 bilhões); remédios e cosméticos (US$7,6 bilhões); joias e relógios (US$5,8 bilhões); eletrônicos pessoais como tablets e smartphones (US$6 bilhões); computadores e hardware (US$6 bilhões); e eletroeletrônicos (US$5,4 bilhões);
• As principais razões para aquisições online em portais estrangeiros são: a economia de dinheiro (80%) e a variedade de produtos (79%). Este cenário também mostra que o comprador transnacional busca por itens estrangeiros autênticos e de alta qualidade, além de preços mais em conta.
“O comércio transnacional não é novidade. As lojas em qualquer mercado estão cheias de mercadorias de diversas etnias. A novidade é que agora se tornou mais fácil para os consumidores realizarem compras online diretamente com os comerciantes em todo o mundo”, ressalta o presidente do PayPal, David Marcus. “O surgimento destas rotas das especiarias modernas é uma grande notícia para as empresas. Nossa mensagem para os comerciantes é a seguinte: se você está à procura de novas maneiras de aumentar suas vendas, especialmente neste momento de recuperação econômica, comece a vender diretamente aos 94 milhões de consumidores existentes nestes seis mercados. Assim, terá a oportunidade de conseguir um pedaço deste segmento que vale US$ 105 bilhões de dólares. Para os consumidores, comprar itens em outra moeda ou país nunca foi tão fácil, e tornar este processo seguro é o promessa de proteção que o PayPal oferece”, complementa.
O futurólogo independente, Mike Walsh, analisou a pesquisa e comenta. “Ao longo da história, onde quer que houvesse comércio de bens, essa troca tinha um impacto cultural, além de comercial. Enquanto em tempos antigos as especiarias e sedas do Oriente influenciaram a comida e a moda do Ocidente, hoje este cenário é mais complexo: com o surgimento de microculturas que agem conforme as inúmeras maneiras que os indivíduos se expressam, inclusive comprando em um mercado virtual global”, considera.
Comportamento do consumidor
O estudo também observou as maiores preocupações dos consumidores que compram de sites de e-commerce estrangeiros:
• Entre 10 compradores, quase 7, o equivalente a 69% compradores transnacionais on-line, citaram como os principais empecilhos para efetuar um pagamento online transnacional, o medo do roubo de identidade e fraude. No Brasil, este percentual é de 66%;
• Segundo a média global, 9 entre 10 (88%) dos compradores acreditam que a proteção ao comprador é importante ou muito importante ao fazer uma compra em sites internacionais. Entre os brasileiros este índice sobe para 94%.
O presidente do PayPal, complementa enfatizando que “a compra transnacional é um fenômeno moderno que só vai crescer, à medida que as pessoas se tornem mais confiantes para efetuar compras on-line de comerciantes de outros países. Naturalmente, a principal prioridade para os comerciantes que desejam embarcar nessa oportunidade multibilionária é criar um alto nível de confiança nos processos de pagamento e envio. É por isso que 8 entre 10 compradores transnacionais disseram procurar o PayPal, como forma de confiança nos sites estrangeiros, já que os protegemos de fraude on-line e ajudamos a solucionar quaisquer problemas na entrega”, afirma e conclui.
Categoria: Pesquisas