Devo criar um e-commerce ou vender em marketplace?
O e-commerce é a menina dos olhos no mundo dos negócios, e nunca faltam notícias animadoras sobre o setor – principalmente no Brasil, um dos dez maiores mercados eletrônicos do mundo e em crescimento mesmo em tempos de crise. Não à toa, vemos todos os dias o surgimento de inúmeras lojas virtuais, que vendem os mais variados tipos de produto e atendem os mais diversos tipos de consumidores. Mas empreendedor, me responda: você sabe quando deve, de fato, criar uma loja virtual para chamá-la de sua?
Não vou negar que é tentador, e também muito gratificante, planejar toda a estratégia da sua loja virtual, comprar o domínio com o nome exato do negócio, colocar o site no ar com um design super bacana e esperar as vendas surgirem em um ritmo frenético. Já dá até para escutar o barulhinho da caixa registradora!
Só que não é bem assim. Queremos muito que a sua loja virtual dê super certo e que você ganhe muito dinheiro com ela, mas o caminho não é tão simples.
Levantar toda uma infraestrutura para criar uma loja virtual e para receber pagamentos é uma tarefa que exige investimento – de dinheiro e, principalmente, de tempo. Há muitas plataformas que possuem um alto grau de complexidade, e talvez o seu foco inicial não deva ser integrar logo de cara com um gateway ou com uma plataforma de e-commerce. Especialmente se você está entrando agora no mercado eletrônico e ainda não possui um volume tão expressivo de vendas.
Já publicamos em nosso blog um artigo sobre as principais barreiras que um empreendedor deve superar durante o processo de criação de uma loja virtual. E, embora contar com uma plataforma ou com um gateway sejam atividades fundamentais para muitas lojas virtuais, elas não devem ser encaradas como a primeira atitude a ser tomada (ou uma das primeiras).
Às vezes, uma boa alternativa para um lojista recém-chegado ao e-commerce é iniciar seu processo de vendas em algum grande e famoso marketplace, dentre as várias opções disponíveis hoje na internet. E não, não é demérito nenhum – muito pelo contrário! Há várias empresas, com marcas consagradas e respeitáveis, que até hoje mantêm uma loja em um marketplace.
Um caso notório é a Connect Parts, uma loja virtual de peças automotivas que iniciou suas atividades pelo MercadoLivre. O sucesso dela foi tão grande que, em 2012, a empresa recebeu um investimento de quase US$ 9 milhões da Atomico, um fundo internacional que tem Niklas Zennström, um dos fundadores do Skype, entre o grupo de sócios.
Mesmo com o investimento, a Connect Parts em nenhum momento tirou um pé do MercadoLivre – até hoje, uma boa parte do faturamento da empresa vem de lá. Então, convenhamos: vender por um marketplace não parece ser algo ruim, não é mesmo?
Considerar um marketplace pode ser interessante para um novo e-commerce, pois você acaba compartilhando custos relevantes, como logística, pagamento, conciliação financeira e até mesmo de antifraude. Estas atividades, isoladamente, poderiam consumir uma fatia importante do seu faturamento e do seu tempo no início de sua operação. Em um marketplace, entretanto, este valor é compartilhado com outros milhares de lojistas. Se você colocar na ponta do lápis, pode ser vantajoso.
Vender a partir de um marketplace pode ser um bom termômetro para você medir o potencial da sua loja virtual. Se você obtiver sucesso por lá, é quase certo que conseguirá escalar a sua operação para a sua própria plataforma e obter um retorno financeiro bem interessante. Mas, se as coisas ficarem difíceis, talvez seja importante repensar algumas coisas.
Por isso, cabe a cada empreendedor estudar da melhor maneira possível qual a melhor estratégia para alavancar o seu negócio, otimizando os custos e maximizando os lucros. Não desconsidere a possibilidade de vender a partir de marketplaces em um primeiro momento.
Mas, se o seu negócio evoluir e você quiser tornar a sua operação mais independente, há diversas empresas e plataformas muito boas no mercado brasileiro para ajudar a sua empresa e resolver os seus problemas.
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