Varejo: o custo de negligenciar problemas básicos de frete

| 13/05/2014 - 07:46 AM | Comentários (0)

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Muitos gestores de e-commerce estão preocupados em se atualizar com relação a novas formas de entrega, distribuição compartilhada, logística reversa descentralizada, operação omnichannel, dentre outras questões, mas poucos estão focados em priorizar o básico.

Ao navegar por lojas virtuais, é possível observar muitos erros de cálculos de frete, bases de CEP desatualizadas, prazos incompatíveis com a realidade brasileira e políticas de fretes incoerentes. Uma delas são as campanhas genéricas como “frete grátis para sul e sudeste para produtos acima de R$99,00”, cada vez mais comuns e corresponsáveis por parte do prejuízo registrado por muitos estabelecimentos de e-commerce.

Alguns empresários do comércio eletrônico costumam nos perguntar como um gateway de fretes pode trazer retornos financeiros. A resposta é que essa tecnologia permite reduzir custos com frete, com SAC e aumentar as vendas, consolidando todas as informações de diferentes tabelas de fretes existentes no Brasil, sem necessidade de adaptações. A partir de um único sistema, é possível calcular preços de frete e os prazos de entrega para as mais de 5,5 mil cidades existentes no Brasil de forma precisa.

Pelo menos cinco situações de descuido com a gestão de fretes são bem comuns. A primeira remete ao exemplo dado no início do texto: campanhas de frete baseadas somente na localização do comprador e tíquete tendem a trazer prejuízo em várias rotas. A alternativa é levar em conta o markup e o custo de frete de cada tipo de produto ou categoria e, a partir daí, criar campanhas inteligentes. A dica aqui é utilizar ferramentas analíticas e não simplesmente imitar o que o concorrente faz.

A segunda está relacionada ao valor do frete no site. Se a sua loja apresenta o valor da entrega maior do que o cobrado pela transportadora, você estará inibindo as vendas. Se o preço do frete for inferior, seu e-commerce terá prejuízo. Por isso, o ponto de partida deve sempre ser o custo exato da entrega – a partir dele, a empresa consegue administrar políticas de frete de forma precisa e estratégica.

A terceira situação comum é informar uma data de entrega de forma errada. Prazos superestimados geram abandono de carrinho; prazos subestimados geram insatisfação de clientes, custos com SAC e perda de recorrência (o cliente não volta). Manter a base de CEP desatualizada é uma situação que gera perda de vendas no momento de concluir a compra. Isso porque todos os CEPs novos ou modificados serão dados como inválidos no momento do checkout. Por isso, é recomendável que essa atualização seja feita todo mês.

Por último, a quinta situação bastante comum no dia a dia de lojas virtuais é negligenciar as zonas de restrição, que são mais de 5 mil regiões onde as transportadoras não conseguem chegar em todo o Brasil. Nessas situações, deve-se inserir informações sobre tais restrições no próprio site ou excluir a entrega para essa lista de CEPs.

Tão importante quanto vender mais é vender bem. O trabalho do gateway de fretes é auxiliar os gestores de e-commerce no processo logístico para obter vendas com lucro. E esse talvez seja um dos maiores desafios do e-commerce brasileiro.

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Categoria: Cases

Guilherme Reitz

Sobre Guilherme Reitz: Guilherme Reitz é fundador do Axado, empresa catarinense especializada no mercado de gestão de fretes para e-commerce, indústrias e varejo físico. Com atuação nacional e por meio de uma equipe especializada, a empresa oferece soluções do pré ao pós-venda, com foco na eficiência e redução de custos logísticos. Ver mais artigos deste autor.

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