Dicas para gerecinciar lojas virtuais
Grande parte das pessoas e empresas que tem um comércio online, ainda vê o e-commerce como uma ferramenta secundária, desprezando o potencial que a internet poderia ter nas vendas, o que retarda o desenvolvimento de lojas virtuais em outras plataformas, como dispositivos móveis. Em entrevista exclusiva ao Portal Exame o empresário norte-americano Jason Billingsley, que já prestou consultoria para empresas como Google e Nike, fala sobre a gestão de lojas virtuais.
Quando Jason é questionado sobre a palestra que dará no evento E-Commerce Summit 2010 e o que está faltando nas empresas diz que, o erro mais crítico que acontece continuamente no processo de vendas online é a ausência do elemento humano. “Encontrar respostas para dúvidas sobre o produto se torna uma tarefa exaustiva. Os varejistas que conseguem incluir o elemento humano no processo de vendas têm uma maior chance de vencer a concorrência em sua categoria” acrescenta Jason Billingsley.
Para Billingsley um comerciante que facilita a procura pelo produto, mostra fotos grandes e ilustrativas, descrições completas, informações claras sobre devoluções, frete e tempo de envio em um site com boa usabilidade, pode ter um preço maior porque provavelmente ganhará o negócio com a confiança oferecida na sua loja virtual.
Os clientes que estão dispostos à pagar mais por produtos na internet buscam conforto na hora de decidir por uma compra e o comerciante que dá orientações e mais informações é geralmente a melhor fonte, já que provavalmente o suporte pós-venda estará disponível.
Billingsley fala sobre segurança informando que artigos de luxo, em geral, é uma categoria que evoluiu, e os medos, incertezas e dúvidas, que antes existiam, diminuíram bastante. As administradoras de cartão de crédito têm muitos programas de segurança e garantia que protegem os compradores de vendedores de má-fé.
Para indicar oportunidades no comércio eletrônico hoje, cita os fabricantes e marcas que raramente usam lojas virtuais para ajudar seus parceiros a vender de forma eficiente.
Outra oportunidade é a categoria de produtos domésticos – comidas e bebidas – que tem mercado extremamente pequeno, com cerca de 2 a 3% do total de vendas online. Há um grande espaço para crescer aí, com inovação.
Billingsley aponta a dificuldade e custo que as lojas fisicas que não estiverem online terão se não observar que os hábitos dos consumidores caminham nessa direção.
“Assim que os comerciantes descobrirem que os dispositivos móveis são basicamente computadores, porém com uma experiência diferente para o usuário, vamos começar a ver o verdadeiro poder do comércio eletrônico” finalisa Jason Billingsley, dizendo sobre as tendências do futuro.