Você compara seu preço com o da concorrência? O consumidor sim

| 01/05/2010 - 17:02 PM | Comentários (0)

Com 67 milhões de pessoas conectadas, a internet é hoje no Brasil uma das principais armas do consumidor em busca de bons preços. Pesquisa da IBM Brasil, feita em seis países sobre o que consumidores esperam e desejam das lojas no futuro, mostra que 96% deles utilizam hoje o serviço para comparar custos.

A principal constatação do estudo é que não é possível atuar no varejo tradicional sem considerar tecnologias como internet, celular, quiosques eletrônicos e até a TV digital, que mal começou no Brasil. No entanto, Pedro Matzonkas, professor do núcleo de estudos em varejo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) afirma que o crescimento da procura de produtos na rede não significa queda nas vendas das lojas tradicionais.

“Pode-se investir nessa linha de eletrônico, mas sem fechar unidades. O importante é fazer bem nas lojas físicas aquilo que faz parte do negócio e que você entende melhor do que alguém que está chegando agora. Mas temos de manter o olhar aberto ao que está acontecendo e se tenho capital disponível, invisto”, aponta.

O professor explica que o crescimento do mercado do e-commerce pode ser comparado com a chegada dos shoppings centers ao País: “Há espaço ainda hoje para lojas de rua”, diz. Segundo ele, o consumidor brasileiro está acostumado a pechinchar preços, o que não acontece on-line. “As lojas têm de aproveitar isso.”

O designer Leandro Noboru Aoi, 26 anos, é um dos clientes assíduos da internet que ainda veem na mídia a falta do contato direto com o comerciante. “O único problema da internet é essa falta de contato físico. A última compra que fiz em uma loja tradicional aconteceu porque consegui chegar em preços mais baixos, porque negociei com os vendedores”, atesta ele que costuma comprar mensalmentente itens pela internet.

O vendedor de TI Jose Eduardo Gaspar, que também utiliza a rede há dez anos para escolher itens, reclama da falta de credibilidade de alguns serviços na web. “Não dá para comprar carro usado pela internet, por exemplo. Há muito que ainda precisa ser melhorado”, pontua.

Já Amanda Carlina Grillo Garcia, bacharel em Direito, avalia que as compras on-line saem em média 20% mais baratas do que nas lojas físicas. “Compro de tudo, livros, cds, brinquedos. Se for até uma loja convencional e ver que o produto ali está mais caro do que o anunciado on-line, nem discuto, volto e compro de casa.”

As classes D e E, que formam a base da pirâmide social, também não são reféns das do comércio tradicional. Uma parcela considerável desse extrato social já tem acesso a tecnologias que podem influenciar suas decisões de compras, como consultar preços em outras lojas (leia mais em arte ao lado). “A internet chega hoje em qualquer lugar, mas o trato com o cliente, a confiança no serviço, ainda pesam”, explica Matzonkas.

Lista de casamento já se rendeu à rede

Apesar de produtos eletrônicos, TVs, games e itens de decoração aparecerem na lista dos produtos mais procurados pela internet, na pesquisa feita pelo IBM, a maioria dos usuários da internet é unânime em confirmar que já comprou algum presente de casamento pela rede mundial de computadores.

“A noiva coloca ali o que quer, as lojas, as cores, isso facilita demais na escolha e muitos, sem tempo de procurar, optam pelo serviço. Não fica aquela história do ‘será que a noiva vai gostar””, explica o professor do núcleo de estudos em varejo da ESPM (Escola superior de Propaganda e Marketing), Pedro Matzonkas.

Com o fenômeno de procura, o educador chama a atenção para a aproximação de lojas populares e elitizadas na disputa por clientes. “Com a lista em mãos, eles acessam tanto sites de lojas populares quanto de comércios da Oscar Freire, por exemplo. Ele tem em mente o quanto quer dispor no presente, vai visitar os dois e gastar conforme seu orçamento”, explica.

TEMPO – As noivas também têm se apegado à alternativa como tábua de salvação na hora de otimizar os afazeres. Com tantos preparativos ocupando o tempo livre, a possibilidade de usar a rede para montar a lista é de grande ajuda. “Esse tipo de serviço me ajuda a economizar tempo na hora de montar a lista de presentes”, diz a advogada Monique Dominicheli, que se prepara para celebrar a união em novembro.

A coordenadora pedagógica Lúcia de Souza também achou vantajoso deixar a lista de presentes no site de uma grande rede varejista. “Tudo foi entregue conforme meu pedido e na casa nova. Ganhei também itens no dia da festa, de outras lojas, mas muitos eram repetidos. Com isso, troquei os que ganhei da lista on-line”, afirma.

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Categoria: Artigos, Tutoriais

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