15% das lojas virtuais dos EUA e Canadá rejeitam compras brasileiras
Metade das empresas de e-commerce nos Estados Unidos e Canadá colocou os países do leste africano na lista de nações para as quais não vendem mais. A Nigéria aparece na lista negra de 50% dessas companhias.
O dado é de um estudo da empresa norte-americana CyberSource. Doug Schwegman, diretor de inteligência de marketing da companhia, apresentou durante o E-Commerce Summit, realizado nesta quinta-feira, 06/05, na capital paulista, um estudo sobre fraudes no comércio eletrônico dos Estados Unidos e Canadá.
Em segundo lugar na lista de países com maior índice de rejeição aparece Gana, com 45%. Indonésia e Malásia vêm na sequência, com 30%, seguidas do Irã e Rússia, com 23%, e da China e Vietnã (20%).
Na sexta colocação estão Hong Kong, Índia e Cingapura (18%). O Brasil aparece em sétimo, juntamente com Coréia do Sul e Turquia, com 15% de rejeição, seguido das Filipinas e Taiwan (13% e do México (10%).
Schwegman explica que os países latino-americanos aparecem menos porque os responsáveis por fraudes nessa região preferem não fazer compras nos Estados Unidos e Canadá.
De acordo com a pesquisa, o alto índice de fraudes em compras originadas no exterior levou boa parte das empresas de comércio eletrônico a recusar vendas para fora de seus países. Schwegman conta que 20% das empresas pararam de vender para países específicos. Dessas, 5% simplesmente deixaram de vender para o exterior.
Na mão grande
Segundo ainda o relatório, os meios convencionais de roubo de informações pessoais e confidenciais de pagamento ainda são os mais utilizados pelos fraudores do comércio eletrõnico. Segundo o levantamento da CyberSource, 33% das informações são obtidas a partir de carteiras, bolsas e documentos perdidos.
Essas perdas, junto com informações coletadas em restaurantes ou lojas físicas e quando o consumidor passa os dados por telefone, respondem por 75% dos dados de pagamento perdidos. Problemas de segurança em sistemas de pagamento de lojas virtuais, crimes virtuais, esquemas de phishing e outros meios cibernéticos representam 25% dos roubos de informações confidenciais utilizadas para fraudes na internet.