2016: ano de incertezas ou oportunidades?

Depois de um conturbado na política e na economia brasileira, 2016 começa cercado por incertezas e desconfianças para muitos brasileiros. Para outros, no entanto, não é um momento de parar de investir ou desacelerar os negócios. Mas afinal, este ano que se inicia será de oportunidades ou instabilidade?

O consultor em gestão Marcelo Scharra e o especialista em varejo Fred Rocha aceitaram o desafio de responder a essa pergunta.

Instabilidade

Para Marcelo Shcarra, “o ano será de muitas incertezas, especialmente pelo cenário politico econômico que ainda esta bastante instável”.

Segundo o consultor, neste caminho, é importante o empresário esmerar cada vez mais a eficiência da sua empresa e depender menos da economia. “As PME possuem uma agilidade que melhorias de processos e inovação são capazes de descolar os seus resultados do andamento da economia”, explica.

Ele acredita que o importante é nunca estar satisfeito com o desempenho da empresa. “Posso garantir que as PME’s tem grau de ineficiência maior do que a queda da economia, basta os gestores terem senso critico e, se possível, contar com o auxílio de um olhar externo – o que considero fundamental para enxergar aquilo que nossos olhos já perderam a capacidade de ver”.

Scharra finaliza com um conselho: “esteja preparado para grandes emoções no setor financeiro, problemas com inflação e dólar, mas ainda assim com um mundo de oportunidades a serem exploradas e que o farão crescer independente da economia”.

Oportunidades

Já Fred Rocha acredita que o momento é de oportunidades. Isso porque, segundo ele, o brasileiro tem a cultura de desacelerar quando enxerga um perigo como esse. “Ao invés de encarar o problema de frente, ele recua, perde força e participação de mercado. Então, a meu ver, essa é a primeira oportunidade: seu concorrente pode estar recuando. Quem acelerar o passo tem mais chances de se destacar. O que não significa que ele vá andar mais como nos tempos bons, mas pelo menos vai manter a trajetória”, explica.

Um outro fator que o especialista em varejo considera importante é saber investir no intangível, nos chamados valores do próximo milênio: marca, atendimento e comunicação. “Isso tudo é investir no relacionamento com o cliente, se preocupar com o que as pessoas querem e precisam e atender a esta demanda de forma rápida, simples e segura”, diz Fred.

Por fim, ele indica que é importante reduzir custos apenas nos setores que não dão retorno para empresa. “Como se diz no futebol, jogar mais no ataque do que na defesa. Porque, daqui a pouco, o Brasil vai voltar a crescer e quem trabalhar bem sua relação com o cliente, vai estar na frente e mais estável para aproveitar essa nova onda de crescimento.