E-commerce torna-se alternativa para o varejo tradicional no período da Copa do Mundo
Não há mais dúvidas de que esta Copa do Mundo está entre as mais animadas e comentadas de todos os tempos. Porém, o varejo tradicional não está muito contente com o mundial. De acordo com a Seresa Experian, o comércio sofreu redução de 3,2% nas vendas em junho. Para muitos varejistas, a solução foi correr para o e-commerce.
Muitas marcas aproveitaram o mundial para lançar ações digitais, como promoções e descontos especiais. Para Daniel Figueiredo, especialista em social media da FBITS eCommerce One Stop Shop, empresa que disponibiliza tecnologia para o varejo online, as redes sociais são fortes aliadas, uma vez que o consumidor está cada vez mais conectado. “Assim, é importante criar campanhas temáticas que fortaleçam a marca diante de um ano de muitas incertezas econômicas”, enfatiza.
Figueiredo cita o caso do McDonalds, que aproveitou a mordida do atacante uruguaio Luiz Suárez no jogador Giorgio Chiellini, da Itália, para promover um de seus lanches nas redes sociais da marca.
O especialista cita também o caso da Loja Virus 41, uma das maiores revendedoras de tênis da Converse All Star no país. A marca, que conta com a equipe de e-commerce e de marketing digital da FBITS, criou uma campanha que disponibilizou nos dias dos jogos do Brasil descontos especiais progressivos para quem acompanha a loja nas redes sociais. “O resultado foi bastante positivo, com aumento de 50% da receita do eCommerce da marca e com crescimento de 32% das visitas na loja virtual”, revela.
Ainda há esperança de fechar 2014 no positivo
João Otávio Weiss, analista da consultoria de negócios Go4!, explica que ainda é cedo para dizer que 2014 será um ano negativo. Segundo ele, o indispensável para a economia no geral é a retomada do investimento a nível nacional, tanto governo quanto empresas. “Com isso, seria possível um ganho de produtividade, o que permite a redução nos custos de produção e por consequência a redução dos preços – e também uma melhora da pressão inflacionária”, completa. Essa redução de custos, no longo prazo, deve repercutir em produtos mais acessíveis e, assim, no estímulo do consumo, inclusive no comércio eletrônico.
O varejista deve fazer sua parte e estar ciente de que é preciso investir em branding – isto é, em ações que tragam o fortalecimento da marca. É no que acredita Figueiredo. “É muito importante compreender que uma empresa não pode pensar exclusivamente na receita, apesar de sabermos que este é o principal objetivo de qualquer empresário. Esse é um ano para apostar forte no fortalecimento das marcas, criando campanhas ousadas e criativas, envolvendo o cliente e incentivando sua participação”, salienta.
Categoria: Balanços