Entrada da Rakuten no Brasil revela maturidade do e-commerce brasileiro

As taxas de crescimento do e-commerce na América Latina serão as mais rápidas do mundo até 2015, segundo um artigo recente de Daniel Latev, chefe de pesquisa de varejo do Euromonitor International. O interesse no potencial deste mercado cresce exponencialmente. A principal varejista on-line japonesa, Rakuten, recentemente comprou uma participação de 75% na Ikeda, uma fornecedora de tecnologia para o e-commerce do Brasil, e que agora se chama Rakuten Brasil.

A Rakuten Brasil (Ikeda) atualmente provê serviços para mais de 100 grandes varejistas no país, incluindo a Brasoftware, Etna e Miolo. Com 40% dos usuários de internet da América Latina é a maior economia da região, o Brasil deverá aumentar em muito suas vendas online, impulsionado pelo crescimento da classe média e do consumo.

“A Ikeda é um jogador forte e que tem relações de mercado excelentes”, afirmou Hiroshi Mikitani, fundador, presidente e CEO da Rakuten. “Juntos iremos compartilhar nossos conhecimentos e criar uma abordagem única e poderosa para os comerciantes não só tirarem proveito do mercado de e-commerce do Brasil, mas também para expandirmos nosso alcance mundial”.

As previsões são de que o e-commerce no Brasil deva crescer 18% ao ano até 2016, com o total de vendas alcançando US$ 12 bilhões, quase triplicando os US$ 7,9 bi de 2010, segundo uma pesquisa da Forrester. Esta previsão de forte crescimento também é compartilhada pelo Euromonitor International. Segundo o artigo publicado por Letev, a América Latina teve um crescimento em seu e-commerce de 24% em 2010 e se prevê que o crescimento anual seja de 17% nos próximos anos.

O Euromonitor afirma que o varejo na Internet em toda a América Latina quase triplicou nos últimos cinco anos, atingindo US$ 12 bilhões em 2010, e o Brasil representa 70% deste gasto. México, a segunda maior população atrás apenas do Brasil contribuiu com apenas US$ 900 milhões deste total.

Os estudos de Latev apontam que o e-commerce está se espalhando do sudeste para as demais regiões do Brasil. Com isto, as empresas de transporte tem enfrentado desafios na logística da entrega dos produtos por conta da precária infra-estrutura de transporte existente no país.