Executivo aponta curiosidades que você não sabia sobre o cartão de crédito nas compras pela internet

| 19/09/2014 - 08:07 AM | Comentários (0)

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O cartão de crédito é hoje o meio de pagamento mais usado na internet, chegando a mais de 70% das transações. Uma das maiores vantagens dos cartões é a facilidade: além de você receber uma aprovação imediata, sem esperar a compensação de bancos ou contar dias úteis, ainda é possível parcelar as compras.

Apesar de muito conhecido e utilizado, esse meio de pagamento ainda esconde alguns segredos. Tom Canabarro, cofundador da Konduto, empresa especializada em segurança e comportamento de compra na internet, revela alguns deles:

1. O seu nome não conta

Sabe quando o site pede o nome do portador do cartão? Essa informação não vale nada e não é conferida. Algumas lojas checam se o nome do destinatário do pacote e o nome do portador são iguais, mas não vão além disso. Não existe no Brasil, e nem em muitos outros países, uma verificação automática capaz de dizer quem é o dono do cartão.

“Já vi diversas vezes compras cujo portador do cartão era o Chuck Norris ou o Luke Skywalker e o pagamento foi aprovado”, diz Canabarro. “Não recomendo que alguém faça isso, pois, se por ventura a loja fizer essa validação, seu pedido ficará parado na fila de análise e o produto pode não ser enviado”.

2. O seu CPF também não conta

Assim como o nome, o CPF digitado no checkout não é usado para fins de identificação do dono do cartão. Seu uso tem outras utilidades, como emissão Nota Fiscal e análise de  risco, capazes de determinar a quem aquele CPF pertence. Mas nenhuma análise é capaz de garantir que um cartão pertence a um CPF.

Apenas os bancos emissores do cartão sabem a quem ele pertence, mas por diversas razões – como custo, complexidade, segurança – esta informação não pode ser consultada.

3. O seu endereço de fatura vale um pouquinho

Finalmente, algo é validado! Ou quase. Existe um sistema chamado AVS  (Address Verification System, ou Sistema de Verificação de Endereço) capaz de conferir se o endereço de fatura digitado no site bate com aquele cadastrado no banco. Nos EUA esse sistema funciona muito bem e é por isso que qualquer site americano pede essa informação. No Brasil, porém, as coisas não são tão fáceis.

“O principal problema é validar as diferentes formas como abreviamos os nomes de ruas e avenidas. Por exemplo, você informa o site que mora na Av. Nossa Senhora de Copacabana, mas no registro do banco está Avenida N. S. de Copacabana. Pronto, o sistema já não vai entender que se trata do mesmo endereço. Quando detalhes de complementos (Casa 2, Bloco C, Apto 33) são fornecidos, a comparação fica ainda mais difícil. Por isso, apesar de termos AVS no Brasil, ele só é parcialmente eficaz quando validamos o CEP”, explica Canabarro.

4. A loja pode segurar o limite do seu cartão por vários dias

Uma venda com cartão possui duas etapas, a Autorização e a Captura. Na Autorização, os dados do cartão são validados e aquele dinheiro fica reservado para a loja. O portador, no entanto, ainda não é cobrado. Somente na segunda etapa, a Captura, é que a loja confirma a cobrança. Neste momento, o valor aparece na fatura do dono do cartão.

Esse intervalo depende de quanto tempo a loja precisa para confirmar um pedido (um assento no avião, a vaga no hotel, o produto no estoque, etc). Algumas vezes, pode levar dias entre estas etapas. Se por acaso a loja não conseguir entregar o produto ou serviço, ela simplesmente não executa a etapa de Captura e o limite do cartão é liberado.

“Essa atitude é muito importante, afinal, se algo errado acontecer entre o momento da compra e a entrega do produto, a transação não aparecerá no extrato do cartão, evitando os chatos processos de reembolso”, avalia Canabarro.

Uma curiosidade: alguns bancos notificam o dono do cartão, por SMS, sobre valores cobrados. A mensagem é enviada na etapa de Autorização, o que causa problemas quando a loja decide não efetuar a Captura. O cliente recebe um comunicado da loja dizendo que a venda foi cancelada, mas o SMS do banco diz que ele foi cobrado.

5. O cartão é o meio mais seguro para comprar pela internet

“Sim, seu cartão pode ser roubado, copiado e usado para fraudes. Mas não é sua culpa se o site não é legítimo ou se o e-commerce não soube se proteger de ataques”, diz Canabarro. Você está protegido, por contrato, contra cobranças indevidas. Se seu cartão foi usado em uma fraude, basta ligar no banco e solicitar o estorno da cobrança.

Por outro lado, “se você pagou um boleto de uma loja fantasma, não há como pedir o dinheiro de volta a não ser através da Justiça, um processo bem mais lento do que uma ligação para o banco”, conclui Canabarro.

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Categoria: Balanços

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