Mais três jornais decidem cobrar por acesso a notícias na web
Os jornais britânicos The Times e Sunday Times cobrarão pelo acesso ao conteúdo de seus sites, uma decisão que outras publicações têm seguido para lucrar com os leitores online e compensar a queda nas vendas das versões impressas.
Os jornais, que hoje compartilham um único site, terão canais online específicos: thetimes.co.uk e thesundaytimes.co.uk. A partir de junho, os leitores poderão contratar o acesso de um dia por 1 libra (2,70 reais) ou de uma semana por 2 libras (5,40 reais). Os assinantes das edições impressas terão acesso livre aos dois sites, de acordo com o The Times.
Os dois títulos são de propriedade da News Corporation, de Rupert Murdoch, que também controla o The Wall Street Journal. Murdoch tem apoiado publicamente a cobrança por conteúdo na web e pretende estender a medida para outros dois jornais, The Sun e The News of the World.
O editor do Times, James Harding, disse ao Sky News que jornalismo online não é de graça. Apesar de existirem jornais grátis e conteúdo grátis na web, as pessoas estão dispostas a pagar por informação de qualidade. “E, para isso, eu acredito que as pessoas virão aos nossos jornais”, disse.
Na França
Na terça-feira (23/3), o jornal francês Le Monde afirmou que vai começar a cobrar pelo acesso a parte de seu conteúdo a partir da segunda-feira (29/3). Ele vai oferecer um pacote de assinatura que inclui o site, a edição impressa e o acesso via iPhone, tudo por 19,90 euros (48,40 reais) por mês nos primeiros três meses – depois, o preço aumenta para 29,90 euros (72,70 reais). O acesso ao jornal apenas via iPhone custará 15 euros mensais (36,50 reais).
Há pouco mais de um mês, outro jornal francês fazia sua estreia no mundo da web paga: o Le Figaro. Desde 16/2 o diário oferece três pacotes de acesso: um gratuito, com as principais informações; um intermediário, a 8 euros mensais (19,45 reais); e o pacote Business, a 15 euros por mês (36,50 reais).
Os jornais têm sido desafiados a gerar novas receitas diante da queda no número de leitores e na receita com anúncios no meio impresso. Mas as empresas que os editam têm sido relutantes em adotar um modelo pago, por medo de perderem leitores para os competidores que oferecem conteúdo grátis.
Alguns jornais, como o Financial Times, experimentam modelos onde um número limitado de notícias pode ser lido gratuitamente antes que os leitores encontrem a parte paga. O The New York Times disse em janeiro que vai oferecer um número limitado de artigos gratuitos aos leitores em janeiro de 2011, e cobrar uma taxa fixa para acesso ilimitado.
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